O câncer pulmonar é um dos tipos de câncer mais comuns e mais letais no mundo, sendo responsável por cerca de 13% de todos os casos novos de câncer e 18% de todas as mortes por câncer.
No Brasil, estima-se que em 2022 ocorrerão 30.200 casos novos de câncer de pulmão, sendo 17.760 em homens e 12.440 em mulheres. Por isso, é importante conhecer os principais fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver essa doença e como preveni-la.
O que é Câncer Pulmonar e sua Importância para a Saúde
O câncer pulmonar é uma doença que se caracteriza pelo crescimento descontrolado de células anormais no tecido pulmonar, formando tumores que podem invadir e destruir os órgãos adjacentes ou se espalhar para outras partes do corpo (metástase).
Existem dois tipos principais de câncer pulmonar: o câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP), que representa cerca de 85% dos casos, e o câncer de pulmão de células pequenas (CPCP), que representa cerca de 15% dos casos.
O tipo e o estágio do câncer pulmonar influenciam no prognóstico e no tratamento da doença.
É uma doença grave que afeta a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a taxa de sobrevida relativa em cinco anos para o câncer de pulmão no Brasil é de apenas 18,4% para os homens e 22,9% para as mulheres.
Isso significa que apenas essas porcentagens dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão estarão vivos cinco anos após o diagnóstico. Essa taxa é baixa em comparação com outros tipos de câncer, como o de mama (88,5%), o de próstata (90,5%) e o de cólon e reto (64,4%).
Fator de Risco 1: Tabagismo e Seus Efeitos no Câncer Pulmonar
O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer pulmonar, sendo responsável por cerca de 80% dos casos da doença. O cigarro contém mais de 4.700 substâncias químicas, das quais pelo menos 70 são cancerígenas. Essas substâncias causam danos ao DNA das células pulmonares, levando a mutações que podem originar o câncer. Além disso, o cigarro também provoca inflamação crônica e reduz a capacidade do sistema imunológico de combater as células anormais.
A boa notícia é que parar de fumar reduz significativamente o risco de câncer pulmonar. Segundo o INCA, após dez anos sem fumar, o risco cai pela metade em relação aos fumantes ativos.
Além disso, parar de fumar também traz outros benefícios para a saúde, como melhorar a função respiratória, cardiovascular e circulatória, prevenir outras doenças relacionadas ao tabaco, como enfisema, bronquite, infarto e derrame, e aumentar a expectativa de vida.
Fator de Risco 2: Exposição ao Fumo Passivo e sua Relação com o Câncer de Pulmão
O fumo passivo é a inalação involuntária da fumaça do cigarro de outras pessoas. O fumo passivo também contém substâncias cancerígenas que podem causar danos ao DNA das células pulmonares e aumentar o risco de câncer pulmonar.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo passivo é responsável por cerca de 12% dos casos de câncer pulmonar no mundo.
A melhor forma de prevenir o câncer pulmonar por fumo passivo é evitar a exposição à fumaça do cigarro.
Isso pode ser feito por meio de medidas como: não permitir que fumem dentro de casa, do carro ou do local de trabalho; escolher ambientes livres de tabaco para frequentar; apoiar políticas públicas de controle do tabagismo, como a proibição do fumo em locais fechados; e incentivar os fumantes a pararem de fumar ou a fumarem em locais abertos e distantes dos não fumantes.
Fator de Risco 3: Exposição à Poluição do Ar e seu Impacto no Desenvolvimento do Câncer Pulmonar
A poluição do ar é outro fator de risco para o câncer pulmonar, especialmente a poluição atmosférica urbana, que é composta por uma mistura complexa de partículas sólidas e líquidas e gases provenientes de fontes como veículos, indústrias, queimadas, entre outras.
A poluição do ar contém substâncias cancerígenas que podem penetrar nos pulmões e causar danos ao DNA das células pulmonares, além de provocar inflamação crônica e reduzir a defesa imunológica.
A melhor forma de prevenir o câncer pulmonar por poluição do ar é reduzir a exposição aos poluentes.
Fator de Risco 4: Histórico Familiar e Genética no Risco de Câncer de Pulmão
O histórico familiar é outro fator de risco para o câncer pulmonar, ou seja, ter parentes próximos (pais, irmãos ou filhos) que tiveram câncer pulmonar aumenta as chances de desenvolver a doença.
Isso pode ocorrer por causa da herança genética, que pode predispor algumas pessoas a terem uma maior sensibilidade aos agentes cancerígenos ou a terem uma menor capacidade de reparar os danos ao DNA causados por esses agentes.
Além disso, o histórico familiar também pode refletir a exposição a fatores ambientais ou comportamentais compartilhados pelos familiares, como o tabagismo, a poluição do ar ou a exposição ocupacional.
A melhor forma de prevenir o câncer pulmonar por histórico familiar é conhecer o seu histórico familiar e informar o seu médico sobre ele.
Isso pode ajudar a identificar se você tem um risco aumentado para a doença e se você precisa fazer exames preventivos com mais frequência ou adotar medidas adicionais para reduzir o seu risco.
Além disso, é importante evitar ou reduzir os outros fatores de risco modificáveis, como o tabagismo, o fumo passivo e a exposição à poluição do ar.
Fator de Risco 5: Exposição Ocupacional e sua Ligação com o Câncer Pulmonar
A exposição ocupacional é outro fator de risco para o câncer pulmonar, ou seja, trabalhar em contato com substâncias químicas ou físicas que podem causar câncer no pulmão.
Algumas dessas substâncias são: asbesto (amianto), sílica, arsênio, berílio, cádmio, cromo, níquel, radiação ionizante, entre outras. Essas substâncias podem ser inaladas ou absorvidas pela pele e causar danos ao DNA das células pulmonares, levando ao desenvolvimento do câncer.
A melhor forma de prevenir o câncer pulmonar por exposição ocupacional é evitar ou reduzir o contato com as substâncias cancerígenas no ambiente de trabalho.
Fator de Risco 6: Radônio – o Gás Inodoro que Aumenta o Risco de Câncer de Pulmão
O radônio é outro fator de risco para o câncer pulmonar, sendo considerado a segunda maior causa da doença depois do tabagismo.
O radônio é um gás radioativo incolor, inodoro e insípido que se forma naturalmente a partir da decomposição do urânio presente no solo, nas rochas e na água. O radônio pode se infiltrar nas casas e nos edifícios através de fissuras, rachaduras ou buracos nas fundações, paredes ou pisos.
O radônio pode se acumular em ambientes fechados e mal ventilados, como porões, garagens ou sótãos. O radônio emite partículas alfa que podem penetrar nos pulmões e causar danos ao DNA das células pulmonares, levando ao câncer.
Fator de Risco 7: Exposição a Agentes Cancerígenos no Ambiente Doméstico
A exposição a agentes cancerígenos no ambiente doméstico é outro fator de risco para o câncer pulmonar, ou seja, entrar em contato com substâncias químicas ou físicas que podem causar câncer no pulmão dentro de casa.
Algumas dessas substâncias são: fumaça de lenha, carvão ou querosene usados para cozinhar ou aquecer; fumaça de incenso, velas ou aromatizadores; produtos de limpeza, desinfetantes ou inseticidas; tintas, solventes ou colas; mofo ou fungos; entre outras.
Essas substâncias podem ser inaladas ou absorvidas pela pele e causar danos ao DNA das células pulmonares, levando ao câncer.
Detecção Precoce e Tratamento do Câncer de Pulmão: Importância e Opções
Além de prevenir o câncer pulmonar, também é importante detectá-lo precocemente e tratá-lo adequadamente. Isso pode aumentar as chances de cura e de sobrevida dos pacientes, bem como reduzir as complicações e os efeitos colaterais do tratamento.
A detecção precoce do câncer pulmonar pode ser feita por meio de dois métodos: a tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD) e o exame citológico do escarro.
A TCBD é um exame de imagem que usa raios X para obter imagens detalhadas dos pulmões e detectar possíveis nódulos ou tumores. O exame citológico do escarro é um exame laboratorial que analisa as células presentes na secreção expelida pelos pulmões e detecta possíveis alterações celulares indicativas de câncer.
Esses exames são indicados para pessoas que têm um alto risco de desenvolver câncer pulmonar, como fumantes ativos ou ex-fumantes com mais de 55 anos, pessoas com histórico familiar ou exposição ocupacional a agentes cancerígenos, entre outras.
Essas pessoas devem fazer os exames periodicamente, conforme a orientação médica. Se os exames detectarem alguma anormalidade nos pulmões, outros exames complementares podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo e o estágio do câncer pulmonar.
O tratamento do câncer pulmonar depende do tipo, do estágio e das características individuais do paciente. O tratamento deve ser planejado e realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais.
Conclusão: A Importância do Conhecimento sobre os Fatores de Risco do Câncer Pulmonar
O câncer pulmonar é uma doença grave que afeta milhões de pessoas no mundo todo e que tem uma alta taxa de mortalidade.
Por isso, é fundamental conhecer os principais fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver essa doença e como preveni-la ou detectá-la precocemente.
Nós apresentamos os sete principais fatores de risco do câncer pulmonar, que são: o tabagismo, o fumo passivo, a poluição do ar, o histórico familiar, a exposição ocupacional, o radônio e a exposição a agentes cancerígenos no ambiente doméstico.
Esperamos que este artigo tenha sido útil e informativo para você e que tenha contribuído para aumentar a sua conscientização sobre o câncer pulmonar e a sua prevenção.
Lembre-se de que o câncer pulmonar é uma doença que pode ser evitada ou tratada se você adotar hábitos saudáveis de vida, evitar ou reduzir os fatores de risco modificáveis, conhecer o seu histórico familiar e informar o seu médico, fazer exames preventivos com regularidade e procurar ajuda médica se apresentar sintomas suspeitos. Cuide da sua saúde respiratória e da sua qualidade de vida!
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