Endometriose: 4 sintomas que toda mulher deve se atentar

A endometriose é uma síndrome que gera bastante dor. Tudo isso por conta do endométrio, que é o tecido que reveste o útero e vai crescendo em outras partes do abdômen, como por exemplo nos ovários, bexiga, intestino, etc.

Dessa forma, a mulher acaba sentindo bastante dor na pelve, grande fluxo de menstruação e até mesmo a infertilidade. É crucial que a mulher esteja atenta aos sinais para que possa procurar ajuda adequada.

Assim, o tratamento acaba acontecendo o mais rápido possível, gerando alívio nas dores e melhorando a qualidade de vida da mulher. Se você não sabe quais são os sintomas da síndrome e quer descobrir mais a respeito, continue lendo.

 *Atenção: este conteúdo é meramente informativo e não substitui a avaliação de um especialista. 

Como saber se tenho endometriose?

A endometriose é uma doença crônica que pode afetar as mulheres que estão em idade reprodutiva. Ela, nada mais é do que o tecido do endométrio que fica fora do útero.

Esse tecido é responsável por revestir a cavidade uterina e cresce sempre no início do ciclo menstrual. A sua transformação acontece depois da ovulação para que se permita o implante do embrião, e acaba descamando durante a menstruação para aparecer novamente no próximo ciclo.

Pode-se notar a endometriose a partir do momento em que as menstruações costumam ficar mais dolorosas. Há vários tipos dessa doença, é preciso então que se fique atento aos sintomas para recorrer ao médico o mais rápido que puder.

Quais sintomas da endometriose?

É preciso primeiro que se saiba quais são os tipos de endometriose para que você consiga observar os principais sintomas em cada uma delas. Então veja quais são eles:

• Endometriose superficial: esse tipo de endometriose acontece quando se desenvolve no peritônio, que é a membrana que faz o revestimento da parede abdominal e as vísceras. Seu aparecimento causa muita dor e mostra lesões cicatriciais ou ativas;
• Endometriose profunda: esse é o tipo onde as células endometriais acabam penetrando mais de 5mm o peritônio. Ela é um caso mais grave e gera sintomas mais agressivos;
• Endometriose intestinal: quando o tecido cresce na superfície ou dentro do intestino, ele é chamado de endometriose intestinal. Geralmente as mulheres com esse tipo possuem doenças em volta da pelve;
• Endometriose no ovário: afeta o ovário superficialmente e pode gerar cistos endometrióticos.

Dentre os principais sintomas gerados por esses tipos de endometriose, podemos destacar:

1. Endometriose intestinal: prisão de ventre, cólicas fortes, sangue nas fezes, dor ao defecar, sensação de barriga inchada, dor no reto;
2. Endometriose no ovário: dor menstrual intensa, sangramento menstrual em excesso, dor quando se tem relação sexual;
3. A endometriose na bexiga: dores quando se vai urinar ou evacuar, principalmente na menstruação, presença de pus ou sangue na urina, dor no contato íntimo, vontade de urinar e sensação de bexiga cheia;
4. Infertilidade.

Como se inicia a endometriose?

Os especialistas ainda não sabem ao certo o que pode causar a endometriose. Porém, os pesquisadores responsáveis por estudar a doença apontam algumas possibilidades, como por exemplo:

• Fatores genéticos: pode ser herdado por conta dos genes;
• Problemas imunológicos: quando há problemas no sistema imunológico, pode haver também uma certa dificuldade no encontro e destruição do tecido endometrial que nasce fora do útero;
• Hormônios: o hormônio do estrogênio parece ser um dos responsáveis por gerar a endometriose;
• Problemas com período menstrual: essa talvez seja a causa mais provável da endometriose acontecer. Isso porque parte do tecido que é eliminado durante o período menstrual acaba indo por meio da trompa de falópio para outros lugares do corpo, como a pelve.

Como realizar o diagnóstico?

A suspeita de endometriose se levanta a partir do exame físico e do exame transvaginal para que se possa ter certeza, junto do exame pélvico e da ressonância magnética, que são os principais exames de imagem que podem detectar a endometriose.

A partir dos sintomas e da suspeita, é necessário somente que o médico passe os exames de imagem para que consiga analisar melhor a área. É fundamental que exames de rotina sejam feitos para que o tratamento possa se iniciar o quanto antes.

O que fazer para curar a endometriose?

Em caso da doença ter sido confirmada, é fundamental que o paciente inicie o tratamento que poderá ser variado, dependendo do estágio da doença.

O tratamento pode acontecer por meio do bloqueio da menstruação com hormônios, cirurgia, implante de DIU, ou outras possibilidades indicadas pelo médico levando em consideração a idade e os sintomas da mulher.

Quem tem endometriose pode engravidar?

Uma das preocupações das mulheres que desejam ser mães, mas que se deparam com a endometriose, é saber se elas ainda conseguem engravidar. Visto que a doença pode provocar infertilidade.

E sim, as mulheres podem engravidar. Por isso, é fundamental sempre fazer o acompanhamento com o médico ginecologista para que ele sempre avalie a saúde da mulher.

Apesar da preocupação sobre a infertilidade, os médicos apontam que uma a cada duas mulheres podem ter problemas para engravidar.

Isso acontece por conta do possível bloqueio ou alteração da pelve, dificultando a passagem do esperma para o óvulo ou então por conta do sistema imune que pode atacar o embrião, ou por conta do endométrio que não consegue se desenvolver como deveria.

Para que se possa investigar possíveis casos de infertilidade, o médico pode pedir o exame de histerossalpingografia. A mulher que quiser engravidar também pode recorrer a fertilização in vitro para garantir maior chance de fecundação do óvulo.

Conclusão

A endometriose é uma doença que precisa ser cuidada e tratada para que não ocorra complicações maiores. Ainda que a doença não apresente risco direto à vida, é importante não negligenciar os cuidados.

Isso porque ela pode trazer outros problemas à tona que, se não forem cuidados, aí sim podem colocar a vida da paciente em risco. Além disso, é vital que a ida ao ginecologista seja algo frequente, assim, pode-se investigar e saber de problemas logo no início.

Conte aqui se você tem algum desses sintomas e, caso positivo, marque já sua consulta com um profissional. Compartilhe este conteúdo com outras mulheres que podem estar sofrendo dos mesmos sintomas.