A febre amarela está assustando o povo brasileiro e causando caos nos pontos de vacinação, o Ministério da Saúde confirmou 53 mortes e 130 casos, outros 162 casos estão sob investigação. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde referem-se ao período de julho de 2017 a 23 de janeiro de 2018.
São Paulo segue como o estado com maior número de casos confirmados (61), seguido de Minas Gerais (50), Rio de Janeiro (18) e Distrito Federal (1).
Entre os óbitos, Minas Gerais está à frente, com 24 mortes, seguida de São Paulo (21) e Rio de Janeiro (7).
O que é a febre amarela e quais os tipos da doença?
A febre amarela é uma doença infecciosa grave que pode ser transmitida pela picada de dois tipos de mosquitos, o Aedes Aegypti ou o Haemagocus Sabethes. A doença causa sintomas como dor abdominal, dor de cabeça e febre e deve ser tratada de forma a aliviar os sintomas.
Existem 2 tipos de febre amarela:
Silvestre:
É transmitida pela picada do mosquito Haemagogus Sabethes, que pica o macaco Gibão, que frequentemente possui o vírus circulante no sangue, e depois pica o homem;
Urbana:
É transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, mas não há casos registrados no Brasil desde 1940.
Vacina contra febre amarela: uma dose a mais de prevenção
A vacina contra a febre amarela faz parte do Calendário Básico de Vacinação da criança e do adulto. Ela é indicada para as pessoas que moram ou que irão viajar para áreas endêmicas, pois a doença é transmitida através da picada dos mosquitos Haemagogus Sabethes e Aedes Aegypti.
Essa vacina deve ser aplicada em todos com mais de 9 meses de vida. Para quem vai arrumar as malas, o período de aplicação é de até 10 dias antes de embarcar.
De acordo com a Anvisa, quem já tomou a vacina contra a febre amarela, pelo menos, uma vez na vida não precisa de uma nova dose.
Até 2014 a recomendação era de que a dose fosse reforçada de dez em dez anos, porém após novos estudos ficou comprovado que a eficácia da vacina não diminui com o tempo. A recomendação é válida mesmo para quem se vacinou antes de 2014 porque a vacina continua sendo a mesma.
Com os casos recentes que estão ocorrendo no sudeste do país começou a ser a aplicada a vacina fracionada, que contém 1/10 da composição da vacina completa e que, em vez de proteger para toda a vida, apenas protege por 8 anos.
Durante esse período a eficácia da vacina permanece igual e não existe risco aumentado de pegar a doença. Esta medida foi implementada para permitir que um maior número de pessoas seja vacinada durante períodos de epidemia e a vacina fraccionada pode ser feita nos postos de saúde gratuitamente.
Sintomas da febre amarela
Os sintomas da febre amarela surgem cerca de 3 a 6 dias após a picada de um mosquito Aedes Aegypti ou Haemagogus Sabethes infectado com o vírus, sendo esta chamada de fase aguda da doença.
Depois da fase aguda, os sintomas podem desaparecer por 1 ou 2 dias, porém rapidamente surgem outros sintomas, mais graves, que podem levar à morte, dando origem à fase tóxica da febre amarela.
Os sintomas da primeira fase são: dor de cabeça muito intensa, febre acima de 38º C com calafrios, sensibilidade à luz, dores musculares generalizadas, náuseas ou vômitos, aumento do batimento cardíaco ou palpitações
A fase tóxica apresenta sintomas mais graves e que podem levar a morte, os sintomas da fase tóxica que são: icterícia, caracterizada pela pele e olhos amarelos, dor abdominal, vômitos com sangue, sangramentos pelo nariz, boca e olhos, doença dos rins e do fígado, problemas cardíacos e convulsões.
Fique atento aos sinais
A febre amarela não se transmite entre pessoas, sendo transmitida apenas pela picada do mosquito e, por isso, a única medida de prevenção para a febre amarela é através da vacinação.
Em casos de suspeita de febre amarela é muito importante ir rapidamente a um pronto-socorro para fazer um exame de sangue e confirmar a presença do vírus. É também aconselhado não tomar nenhum medicamento em casa, pois podem conter substâncias que piorem os sintomas da doença.
Todos os casos de febre amarela devem ser sempre notificados para as autoridades sanitárias, pois esta é uma doença com alto risco de provocar um surto.