Gravidez

Grávida pode tomar dipirona? Tire suas dúvidas

Durante a gestação, é natural que as mulheres tenham diversas dúvidas em relação ao consumo de medicamentos. E um dos questionamentos mais comuns é “grávida pode tomar dipirona?”.

Nesta postagem, vamos saber se o consumo desse medicamento, um dos mais usados no Brasil, é recomendado para as futuras mães e apresentar informações relevantes sobre o assunto, e esclarecendo suas principais dúvidas. Confira conosco!

O que é dipirona e para que serve?

A dipirona é uma substância analgésica e antipirética que serve para aliviar os sintomas de dor (moderada ou intensa), febre e ainda auxiliar em processos anti-inflamatórios.

O medicamento é recomendado, principalmente, no tratamento de gripes e resfriados em adultos, crianças e bebês a partir dos três meses, porém, é utilizado em outros quadros, como dor de cabeça, de ouvido, nos dentes, pós-cirúrgico, entre outros.

Quais são os modos de uso da dipirona?

O modo de uso varia conforme a forma de apresentação (comprimido, gotas, xarope, injeção). Veja a posologia das formas mais vendidas no mercado:

  • Comprimido (500 miligramas ou 1 grama): indicada para indivíduos a partir dos 15 anos. A ingestão é por via oral, com um pouco de água. Para a versão de 500 mg, a posologia é 1 a 2 comprimidos, a cada 6 horas (máximo 4 vezes). A dipirona de 1g é indicada até 4 doses por dia, de meio comprimido a 1 inteiro.
  • Gotas (500 mg/mL): indicada para crianças e bebês (com mais de 3 meses) até 4 vezes ao dia. A dosagem varia conforme a idade e o peso do paciente. Portanto, é importante seguir a orientação médica.

Quanto tempo a dipirona leva para fazer efeito?

A dipirona faz efeito, em média, entre 30 e 60 minutos após ser ingerida, aliviando os sintomas de dor e febre. As versões líquidas, tanto a tomada por via oral quanto intramuscular (injeção), aplicada em hospitais, fazem efeito mais rápido.

Afinal, grávida pode tomar dipirona?

Pode. Mas, atenção: não é recomendado se automedicar, e sim consultar o obstetra primeiro para avaliar os riscos e benefícios do uso, conforme a fase da gravidez. Nos três primeiros meses, por exemplo, a instabilidade é maior, assim como o risco de aborto espontâneo. 

Embora estudos não tenham evidenciado riscos significativos para o feto quando a substância é usada pontualmente e em doses recomendadas, algumas pesquisas sugerem uma associação entre o uso frequente ou prolongado de dipirona na gravidez e complicações para o bebê.

Um dos perigos apontados é que a dipirona, para diminuir dor e febre, inibe a produção de prostaglandinas. Essas substâncias estão envolvidas nas contrações uterinas que acontecem no terceiro trimestre. Por isso, inibi-las pode prejudicar essas contrações.

Outra pesquisa apontou para o potencial risco de a dipirona causar o fechamento antecipado do ducto arterioso, estrutura que conecta a aorta com a artéria pulmonar. Isso poderia provocar insuficiência cardíaca fetal e até levar o bebê a óbito.

Alternativas seguras durante a gestação

Se a mulher sentir necessidade de utilizar algum analgésico ou antipirético para aliviar  desconforto leve ou febre moderada, existem opções mais seguras que a dipirona.

O paracetamol, por exemplo, geralmente é considerado mais seguro na gravidez quando utilizado em doses adequadas e sob supervisão médica.

É importante ressaltar que na gestação, devido às transformações hormonais e adaptações do organismo, é fundamental buscar sempre orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento ou consumir qualquer tipo de medicamento. O profissional será capaz de avaliar da melhor forma possível o quadro clínico individual e indicar qual é o melhor curso de ação para garantir sua saúde e a do bebê.

Outros cuidados com remédios na gravidez

Além da dipirona, existem outros remédios que devem ser utilizados com cautela durante a gravidez. Os exemplos abaixo são indicados para essa fase, mas exigem acompanhamento médico tanto no uso quanto na frequência e dosagem:

  • Paracetamol: dor de cabeça e febre
  • Mylanta: azia
  • Simeticona: gases intestinais
  • Metamucil: intestino preso
  • Passiflora: ansiedade, nervosismo

Antes mesmo do planejamento da gravidez, é essencial conversar com um profissional da saúde sobre os medicamentos de uso frequente por parte da mulher. Dessa forma, será possível ajustar a dosagem de cada remédio ou buscar alternativas mais seguras de acordo com as recomendações médicas.

Grávida pode tomar dipirona?

Em suma, embora não haja consenso total sobre os riscos associados ao uso de dipirona durante a gestação, especialistas recomendam evitar essa substância sempre que possível. Para o alívio pontual de dores leves ou febre moderada na gravidez, outras opções mais seguras, como o paracetamol, são preferíveis.

Lembre-se: sempre consulte seu médico antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso durante a gravidez ou mesmo antes de engravidar. A saúde da gestante e do bebê são prioridades, e deve-se buscar uma abordagem individualizada para garantir que o tratamento seja seguro e adequado às suas necessidades específicas.

Para mais conteúdos sobre saúde, bem-estar e o uso seguro de medicamentos, acompanhe o blog da Santo Remédio! Até mais!

Vanguarda Martech

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Tags: gravidez

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