Alerta para a saúde: conheça os principais riscos da automedicação

Antigripais, antialérgicos e remédios para a dor. Quem não tem uma caixa ou farmacinha com algum destes medicamentos, que atire a primeira pedra. É comum ter em casa um estoque de medicamentos isentos de receita médica para tratar males menores. No entanto, há riscos na automedicação e é preciso ficar atento para não agravar doenças existentes com o uso inadequado, que pode trazer complicações graves e até mesmo causar a morte.

Continue a leitura do nosso material para ficar informado sobre os riscos da automedicação e porque evitar que isso aconteça. Vamos lá!

Entendendo o problema

Ler a bula precisa ser um hábito sempre que um medicamento é comprado. Muitas vezes quando alguém lê, é difícil de entender o que as informações realmente querem dizer. Isso pode ser um problema, especialmente em casos de automedicação, pois nas bulas constam informações importantes sobre a composição do remédio.

Não é somente o fato de tomar o remédio sem recomendação médica que pode trazer riscos à saúde. Doses em excesso, administração inadequada e uso para fins não indicados também trazem consequências perigosas.

O principal problema está no fato da automedicação contribuir para a dificuldade e atraso no diagnóstico de determinadas doenças, agravando o problema, por isso é imprescindível que medicações sejam tomadas diante recomendação médica e de acordo com o que foi receitado, para evitar problemas mais graves de saúde.

 

Os riscos da automedicação em dados

O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de doenças. Disso você provavelmente já sabe, pois a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. 

 

Outra preocupação relacionada ao uso do remédio de forma indiscriminada, refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro, outras consequências que o uso aleatório e sem conhecimento pode acarretar são: reações alérgicas, dependência e em casos mais graves até morte.

 

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.

 

O Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ) realizou uma pesquisa na qual foi constatada que o Brasil é recordista mundial em automedicação. Um total de 72% dos brasileiros se medicam por conta própria. Outro erro constante é o uso inadequado de remédios, já que muitas pessoas têm o hábito de aumentar as dosagens para obter alívio mais acelerado. 

 

 

E a preocupação acerca desse assunto não para por aí. Mais um dado relevante trazido pela pesquisa mostra que 40% da população faz o autodiagnóstico por meio da internet, deixando de lado a opinião de profissionais e substituindo consultas com especialistas da área.

 

O estudo feito pelo Conselho Federal de Farmácia aponta que quase metade dos brasileiros, 77% para ser exato, faz automedicação, uma porcentagem nem tão surpreendente. No entanto, as coisas mudam de figura a partir do momento se sabe que 25% dessas pessoas faz disso um hábito diário! Aí sim os riscos da automedicação podem ser compreendidos.

 

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A comercialização livre de alguns medicamentos pode influenciar na cultura da automedicação. Remédios para males menores, aqueles que não são tarjados e estão isentos de prescrição médica são comercializados livremente. Isso porque eles têm baixa toxicidade e comumente são representados por substâncias que tratam sintomas de resfriados, azia, má digestão e dor de cabeça. Ainda assim é preciso que o uso seja feito com consciência.

 

No caso de medicamentos tarjados, a prescrição é indispensável, uma vez que esses remédios apresentam possíveis efeitos colaterais graves. Além disso, alguns deles, como os antibióticos, obrigam a retenção da receita. Vale destacar que os remédios de tarja preta e vermelha são os mais perigosos quando o assunto é intoxicação.

 

Riscos da automedicação na prática

Este hábito traz consequências para a sua saúde a médio e longo prazo, confira abaixo:

 

  • Analgésicos: perigosos em caso de enxaqueca. Além de não curar, podem piorar o quadro;
  • Antitérmicos: aliviam a febre. Como a febre é um sintoma de infecção, este medicamento pode mascarar a doença por muito tempo;
  • O uso de antiinflamatórios sem a posologia recomendada por um médico pode sobrecarregar os rins;
  • As vitaminas só devem ser ingeridas caso um profissional de saúde identifique por meio de exames, a carência de nutrientes específicos a serem repostos com esses suplemento;
  • Antiácidos e remédios para dor de estômago podem mascarar úlceras e gastrites;
  • Xaropes e expectorantes sem recomendação médica e sem associação com outros medicamentos podem mascarar uma pneumonia.

Viu como os riscos da automedicação são graves demais para manter esse hábito? Procure sempre um especialista se notar problemas frequentes em sua saúde. Em caso de dúvidas sobre medicação, procure sempre a ajuda de um farmacêutico. Aprenda no artigo abaixo como ele pode te ajudar:

– Descubra como um farmacêutico pode melhorar a sua saúde

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