Alerta para a saúde: conheça os principais riscos da automedicação

É bastante comum ter em casa um estoque de comprimidos e pílulas para amenizar as dores mais diversas, mas é preciso entender que o simples ato de tomar um remédio pode acarretar problemas, isso porque os perigos da automedicação vão além do agravamento da doença, já que o uso inadequado de medicamentos pode causar até mesmo a morte.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Outra preocupação relacionada ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro, outras consequências que o uso indiscriminado de remédios pode acarretar são: reações alérgicas, dependência e em casos mais graves até morte.

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.

Em 2016 o Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ) realizou uma pesquisa que constatou que o Brasil é recordista mundial em automedicação, 72% dos brasileiros se medicam por conta própria. Outro erro constante é o uso inadequado, muitos têm o hábito de aumentar as dosagens para obter alívio mais acelerado. Outro dado relevante mostra que 40% da população faz o autodiagnóstico por meio da internet, deixando de lado a opinião de profissionais.

É importante estar atento às consequências da automedicação, uma delas é a intoxicação que apresenta números assustadores. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil, sendo as crianças as maiores vítimas – menores de 5 anos de idade representam uma parcela de aproximadamente 35% dessa estatística.

A comercialização livre de alguns medicamentos pode influenciar na cultura da automedicação, alguns tipos de medicamentos, mais especificamente os não tarjados, não exigem a prescrição médica, sendo comercializados livremente. Esses remédios são caracterizados pela baixa toxicidade e comumente são representados por substâncias que tratam sintomas de resfriados, azia, má digestão e dor de cabeça.

No caso de medicamentos tarjados, a prescrição é indispensável, uma vez que esses remédios apresentam possíveis efeitos colaterais graves. Além disso, alguns deles, como os antibióticos, obrigam a retenção da receita.

Vale destacar que os remédios de tarja preta e vermelha são os mais perigosos quando o assunto é intoxicação.

Quase metade dos brasileiros não têm o hábito de ler a bula e, quando leem, muitos não entendem o que as informações querem dizer. Isso pode ser um problema, especialmente em casos de automedicação, pois nas bulas constam informações importantes sobre a composição do remédio.

Não é somente o fato de tomar o remédio sem recomendação médica que pode trazer riscos à saúde. Doses em excesso, administração inadequada e uso para fins não indicados também trazem consequências perigosas.

O principal problema está no fato da automedicação contribuir para a dificuldade e atraso no diagnóstico de determinadas doenças, agravando o problema, por isso é imprescindível que medicações sejam tomadas diante recomendação médica e de acordo com o que foi receitado, para evitar problemas mais graves de saúde.

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