O mês de Março é conhecido na comunidade médica como o mês de combate ao câncer colorretal. Esta é uma iniciativa para disseminar informações sobre como se prevenir e tratar a doença que é considerada um dos cinco cânceres mais incidentes no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 17 mil novos casos da patologia devem ocorrer este ano em homens e 18 mil em mulheres.
A Santo Remédio, pensando na importância da divulgação do Mês Azul Marinho, elaborou esta matéria para que você saiba os 11 mitos e verdades sobre o câncer colorretal. Acompanhe.
O que é o câncer colorretal?
O câncer do intestino grosso, conhecido também como colorretal, é uma doença que atinge o cólon e o reto de homens e mulheres. A patologia pode ser desenvolvida a partir de um pólipo, crescimento anormal de tecido na parede interna do cólon ou do reto.
Os pólipos se desenvolvem lentamente, podendo levar anos para se tornarem tumores malignos. É por isso que o câncer colorretal possui uma grande chance de cura, uma vez que, se identificado no início, seus tumores podem ser removidos através de procedimento cirúrgico, radioterapia ou quimioterapia.
Os sintomas do câncer colorretal incluem constipação ou diarreia frequentes, desconforto abdominal, gases, cólicas, náuseas, vômito, sensação dolorida na região anal, fraqueza, perda de peso inexplicável, sangramento no reto ou sangue no reto e fezes pastosas e escuras.
Veja os mitos e verdades sobre a doença.
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O câncer atinge mais homens
Mito. O câncer do intestino grosso é recorrente tanto em mulheres quanto homens, em uma proporção quase igual. A doença é considerada o segundo tipo de câncer mais recorrente entre mulheres e o terceiro mais comum entre os homens. São cerca de 40 mil casos descobertos a cada ano.
O câncer colorretal só aparece para pessoas acima dos 50 anos
Mito. Apesar de ser diagnosticado na maioria dos casos em pessoas com mais de 50 anos, a doença está atingindo cada vez mais jovens que não adotam hábitos alimentares saudáveis, que possuem o câncer em seu histórico familiar (um dos fatores de risco) ou que dispõe de mutações genéticas específicas. Por isso, é importante não ignorar nenhum sintoma da doença e realizar os exames quando necessários.
Apenas a colonoscopia pode identificar o câncer colorretal
Verdade. A colonoscopia, exame endoscópico do intestino grosso e do reto, é considerada padrão para o diagnóstico do câncer colorretal. Se o exame identificar os pólipos, no mesmo procedimento é possível fazer a retirada do tecido para biópsia. Exames alternativos, como colonoscopia virtual, sigmoidoscopia flexível ou exame de sangue oculto nas fezes também podem ser solicitados
Não há como prevenir a doença
Mito. Qualquer um pode começar desde já a prevenir o câncer de cólon e outros tipos de câncer adotando um estilo de vida saudável. Por isso, faça uma dieta rica em vitaminas e nutrientes, consumindo mais frutas, legumes e verduras. Evite carne vermelha e carnes embutidas, bebidas alcoólicas em excesso, o cigarro e alimentos gordurosos. Praticar exercícios regularmente também é importante! Mesmo adotando uma dieta balanceada, é essencial fazer o exame de rastreamento, principalmente se você já passou dos 50 anos e possui casos na família.
O tratamento é considerado pouco agressivo
Relativo. O tratamento de tumores iniciais são menos agressivos, uma vez que os pólipos podem ser retirados na colonoscopia ou por cirurgias com ressecções locais afetados. Em tumores maiores o paciente deve passar por procedimentos cirúrgicos, podendo ser o convencional, laparoscópico ou robótico. Os tumores do reto podem ser tratados com radioterapia ou quimioterapia antes da cirurgia. Quanto mais precoce o tratamento menor a agressividade e seu período, garantindo melhor recuperação e qualidade de vida ao paciente.
O câncer colorretal se dissemina rapidamente
Mito. Em geral, o câncer é desenvolvido a partir dos pólipos. Para que este tecido se torne maligno, leva-se muito tempo, sendo curável em até 95% dos casos detectados precocemente.
Se eu tiver pólipos eu tenho câncer colorretal
Mito. Os pólipos podem ser benignos ou pré-cancerígenos, ou seja, pode se tornar câncer se não retirados. Entretanto, ter pólipos no cólon não significa ter câncer colorretal.
Doenças inflamatórias intestinais são fatores de risco
Verdade. Mesmo sem confirmação das causas que levam ao câncer do intestino, existe uma considerável incidência da patologia em pessoas que apresentam doenças inflamatórias intestinais (como a colite ulcerativa ou a doença de Crohn). Por isso, salientamos mais uma vez a importância de realizar os exames em caso de qualquer sintoma relacionado ao intestino ou fazer o rastreamento se você passou dos 50 anos.
O câncer colorretal sempre apresenta sintomas
Mito. Dificilmente a doença apresenta sintomas na fase inicial. As manifestações geralmente aparecem em estágios avançados, como na modificação repentina do hábito intestinal, dores e sangramentos pelo reto.
Quem tem câncer colorretal precisa usar bolsa de colostomia
Mito. As atuais técnicas cirúrgicas permitem sucesso no tratamento, não sendo necessário a utilização de bolsa de colostomia. Em alguns casos, a bolsa pode ser indispensável temporariamente. Sua utilização só é feita em último caso e quando não pode ser evitada, o que ocorre muito raramente.
Pacientes que tiveram câncer no intestino devem fazer exames de colonoscopia semestralmente
Mito. Colonoscopias semestrais ou até anuais só precisam ser feitas em condições especiais. Pacientes que tiveram câncer colorretal ou até retirou os pólipos e tiveram o tratamento adequado, sem fatores de riscos, devem seguir com protocolos de prevenção e detecção precoce de novas lesões. O médico que acompanha o tratamento deverá indicar quais procedimentos devem ser tomados após a retirada do câncer.
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