A leucemia é um tipo de câncer que acomete a medula óssea, lugar onde são produzidas as células sanguíneas. Os glóbulos brancos (ou leucócitos) são as células atingidas. Com isso, se inicia a proliferação e produção de glóbulos brancos de forma desenfreada. É a partir desse aumento que a pessoa começa a sentir os sintomas. No começo, eles podem se manifestar por meio de:
- Ínguas no pescoço, axila ou virilha;
- Fadiga;
- Manchas roxas ou pontinhos vermelhos na pele;
- Febre alta.
Por ser uma enfermidade grave, todo cuidado é pouco na hora de se informar a respeito do assunto. Não dá para acreditar em tudo que você ouve e, para que você garanta uma fonte confiável, preparamos um material especial sobre os mitos e as verdades acerca da leucemia. Aqui, você vai ver:
- Quais são os principais tipos e subtipos de leucemia;
- Alguns mitos e verdades sobre a doença;
- Dicas para prevenir o problema;
- Tipos de tratamento.
Lembre-se: Este artigo tem um objetivo totalmente informativo e não substitui a avaliação médica. Procure um médico para realizar uma consulta pessoal.
Conheça os tipos de leucemia mais comuns
Existem mais de 12 tipos de leucemia, mas dentre elas quatro são as primárias e mais comuns: a leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
Com base na velocidade e como a leucemia evolui no organismo as leucemias podem ser agrupadas como do tipo crônicas e agudas:
Crônicas: é o tipo em que a doença avança de maneira mais lenta. Geralmente os médicos descobrem ao fazer um exame de sangue de rotina ainda no início, quando as células leucêmicas conseguem “trabalhar no lugar” dos glóbulos brancos normais.
Quando o número de células leucêmicas aumenta começam a aparecer alguns sintomas como inchaços nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Esses sintomas, quando surgem, se agravam gradualmente.
Agudas: nesse caso, as células leucêmicas não podem fazer nenhum trabalho no lugar dos glóbulos brancos normais. As células infectadas com a doença se multiplicam de maneira mais rápida e dessa forma agravam o quadro do paciente em um curto intervalo de tempo.
Para entender melhor os subtipos é preciso saber quais são as maneiras de manifestação da doença. Estas são algumas das categorias em que ela se divide:
Leucemia linfocítica aguda
É o tipo mais comum em crianças mas também pode acometer adultos. A doença acontece quando as células-tronco responsáveis por gerar os elementos que compõem o sangue, sofrem alterações. Embora não seja uma doença hereditária, não se sabe a causa exata do problema.
Leucemia mieloide aguda
A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer que afeta as células do sangue e a medula óssea. A doença prejudica as células mieloides, que se desenvolvem formando alguns glóbulos brancos que agem contra infecções e fazem parte do sistema de defesa do organismo.
Leucemia linfocítica crônica
Surge em decorrência de uma lesão adquirida no material genético de um linfócito na medula óssea. A célula se prolifera sem controle e invade diferentes tipos de tecido e o sistema sanguíneo. Esse é o tipo de leucemia crônica mais comum que pode ser perigoso por não apresentar nenhum sintoma nos primeiros anos.
Leucemia mieloide crônica
Doença que afeta principalmente pessoas em idade adulta. A leucemia mieloide crônica pode não apresentar nenhum sintoma durante anos até que que as células da leucemia comecem a se espalhar mais rapidamente. Trata-se de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos.
Os principais mitos e verdades sobre a leucemia
Fumar aumenta as suas chances de desenvolver a doença
Com certeza! Os males causados pelo tabagismo ao seu corpo são incontáveis. Mas algumas substâncias encontradas no cigarro podem aumentar as chances de cânceres hematológicos como a leucemia.
Se você está grávida, o problema vai além. Fumar na gravidez pode pôr a saúde do seu filho em risco, afinal, a prática influencia no o desenvolvimento dessa doença no bebê.
Anemia pode causar leucemia
Nada disso! Elas são doenças bem diferentes. Na verdade, a anemia pode ser um dos sintomas da leucemia, mas não um fator de risco para o desenvolvimento dela. O exame de sangue que indica a anemia aponta a baixa quantidade de glóbulos vermelhos.
No caso da leucemia, além disso, há uma alta quantidade e proliferação dos glóbulos brancos. Logo, mesmo em casos de anemia profunda ou duradoura, se subentende que não há a possibilidade do desenvolvimento da leucemia por esse motivo. Entenda como a anemia atrapalha a vida emocional e o trabalho.
Só desenvolve a doença quem teve contato com produtos químicos
Nada a ver! A exposição a produtos químicos como agrotóxicos e pesticidas é, de fato, um fator de risco para desenvolvê-la. Mas não é só isso! Síndromes hereditárias, tabagismo e outras doenças genéticas podem predispor a pessoa a adquirir esse câncer hematológico.
Ainda há muitos casos de origem desconhecida, por isso é recomendável que você faça exames rotineiramente.. Tudo em nome da sua saúde!
Má alimentação aumenta a predisposição para leucemia
Não necessariamente! Uma dieta pobre em nutrientes é responsável pelo desenvolvimento de tumores sólidos, como os de intestino, de abdômen e de mama. Mas, no caso da leucemia, não há estudos que relacionem a má alimentação com o desenvolvimento da doença.
De qualquer forma, manter uma alimentação saudável, com frutas, legumes e fibras contribui para o aumento das defesas do seu sistema imunológico, o que ajuda seu organismo a prevenir várias doenças.
Faça com que uma alimentação saudável vire rotina. Aproveite as nossas dicas de lanches deliciosos que vão deixar essa tarefa um poucos mais leve.
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Leucemia não é uma doença hereditária
Realmente! Se algum membro da sua família tem a doença e você está preocupado com os riscos que a hereditariedade pode oferecer a você, saiba que não é bem assim. A leucemia, em si, não parece ter essa característica, mas síndromes hereditárias com alterações genéticas como Síndrome de Down, neurofibromatose tipo 1, neutropenia congênita grave (síndrome de Kostmann), trissomia 8, entre outras, podem aumentar o risco de leucemia mielóide aguda.
Leucemia não tem cura
Mito – Em geral, a cura dessa doença é alcançada com um transplante de medula óssea, mas isso vai depender bastante do caso. As chances de cura também variam de acordo com o tipo de leucemia e o estágio em que a doença está desenvolvida.
A leucemia aguda, que acomete o organismo mais rapidamente, tem maiores possibilidades de cura do que a leucemia crônica, desenvolvida de forma lenta, o que acarreta um diagnóstico um pouco mais tardio.
Os tratamentos que têm como objetivo a cura podem ser feitos por meio de quimioterapia, radioterapia, transplante de medula e imunoterapia.
Tipos de tratamento
Os tratamentos contra a leucemia tem o objetivo de destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células saudáveis.
No caso das leucemias agudas, o tratamento é feito através da quimioterapia, controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e também a prevenção ou combate da doença no Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal). Em alguns casos o transplante de medula é a opção mais indicada.
O tratamento é envolve algumas etapas, e a primeira delas tem o objetivo se interromper a evolução da doença (indução de remissão), deixando o paciente em estado de normalidade. Esse resultado pode ser alcançado após, mais ou menos, um mês depois do início do tratamento de poliquimioterapia. Isso pode ser visto por meio dos exames de sangue e da medula óssea, quando não são mais encontradas anomalias nas células.
O tratamento pode variar de acordo com cada tipo de leucemia:
Na leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) – o tratamento possui três fases: A introdução de remissão, consolidação que é um tratamento quimioterápico ainda não empregados e manutenção que é a fase mais branda e contínua por meses.
Na Leucemia Mieloide Aguda (LMA) – o tratamento é feito com uma combinação da quimioterapia e o uso de um comprimido oral, a tretinoína, que possibilita taxas de cura bastante elevadas.
Na Leucemia Mielóide Crônica (LMC) – esse tratamento não é necessário quimioterapia. Ele é realizado através do uso de comprimidos que inibem a multiplicação das células cancerosas, mas não das células normais do organismo.
Na leucemia Linfocítica Crônica (LLC) – podem ser utilizados no tratamento agentes quimioterápicos, imunológicos como anticorpos monoclonais, além agentes orais. A escolha dependerá de aspectos clínicos do paciente como idade, presença de outras doenças, capacidade de tolerar quimioterapia, e da doença.
Além de tudo, alguns pacientes devem continuar o tratamento por ainda ter algumas células leucêmicas no organismo e para não haver recaída. A duração desse tipo de tratamento pode durar cerca de dois anos.
Informações adicionais
A leucemia pode ocorrer em qualquer idade (inclusive em crianças), mas se torna mais comum com o envelhecimento. Embora os homens corram um risco maior do que as mulheres – por fatores desconhecidos – ambos precisam estar atentos à sua saúde.
Caso você tenha se identificado com os sintomas citados ou tenha alguma dúvida sobre a doença, procure imediatamente um médico hematologista ou oncologista, especialistas no diagnóstico e tratamento da leucemia.
Identificar a enfermidade em um estágio não avançado pode ser decisivo para a cura.
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