O aumento desordenado do nível de açúcar no sangue e a incapacidade de absorção do organismo caracteriza um quadro de Diabetes Mellitus, também chamado de hiperglicemia. Condição que não é exclusividade dos adultos, o diabetes infantil precisa de atenção redobrada e uma dose extra de paciência e carinho.
Confira no material que preparamos o que é o diabetes infantil, como se manifesta e como deve ser o tratamento após o diagnóstico.
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Diabetes é uma doença crônica, que atinge mais de um milhão de crianças brasileiras. Ela afeta o metabolismo em que o açúcar no sangue atinge níveis muito altos, desregulando o funcionamento metabólico e está relacionada à destruição das células do pâncreas, causando diretamente a deficiência de insulina. Isso vale tanto para pacientes infantis quanto adultos.
E se divide em três condições diferentes:
Doença crônica e autoimune, que afeta diretamente o pâncreas, que atingido, produz pouca ou nenhuma insulina, esse tipo aparece geralmente na infância ou adolescência.
No Diabetes tipo 1 a criança pode estar se alimentando corretamente e ainda apresentar o quadro. Isso porque esse tipo surge devido a alterações genéticas, que fazem o pâncreas produzir menos insulina, o que dificulta o trabalho do organismo para reduzir o nível de açúcar no sangue.
Ele geralmente surge repentinamente, mas existem casos em que não há suspeitas. Por isso é de extrema importância ficar atento a qualquer mudança, mesmo que seja aparentemente insignificante, no comportamento ou no funcionamento do organismo da criança.
Também crônica, afeta a forma do processo da glicose na circulação sanguínea do corpo e não há aproveitamento adequado da insulina produzida, está relacionado ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares não-saudáveis.
A do tipo 2 é mais comum em crianças com alimentação inadequada normalmente acompanhadas de excesso de peso. Há cerca de 20 anos esse tipo de diabetes era raríssimo em crianças. Hoje, em paralelo ao aumento de casos de obesidade, o diabetes tipo 2 tem sido comumente diagnosticado em pacientes infantis.
Ao contrário do que diz o nome, ela não é uma pré-doença. Além do que o pré-diabético possui mais chances de se tornar de fato um diabético tipo 2, de acordo com os níveis de açúcar no sangue.
Essa doença está associada ao maior comprometimento dos rins, dos olhos e dos nervos. Sem contar que um indivíduo com pré-diabetes têm um risco bem mais elevado de se tornar diabético propriamente dito.
O segredo aqui é ficar atento a qualquer sinal que indique alguma mudança dos níveis de insulina nos pequenos:
Além desses sintomas, fique de olho se a criança apresentar perda de peso sem causa aparente e acantose nigricans, que é a coloração escura nas dobras do corpo, como pescoço, axilas e virilhas.
Pais, fiquem atentos! Ao notar alguns destes sinais, procure imediatamente um médico especialista para ter um diagnóstico adequado.
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O diagnóstico de diabetes infantil pode ser feito a partir da verificação do resultado de diversos exames laboratoriais em jejum que irão avaliar a quantidade de glicose circulante no sangue:
O valor normal da glicose em jejum no sangue é de até 99mg/dL, ou seja, valores superiores a este podem indicar a presença de diabetes infantil. Sendo assim, o médico deverá solicitar outros exames para confirmação completa do diagnóstico.
Não difere muito do tratamento dos adultos, mas as crianças merecem atenção especial pois o trabalho psicológico precisa estar em paralelo. Isso porque a criança precisa entender o que está acontecendo e estar a par das decisões que estão sendo tomadas. Além disso a criança precisa aprender a lidar com o ciclo de negação, contemplação e aceitação da doença, que são comuns durante toda a vida.
Vale até fazer uma integração com outras crianças da mesma faixa etária que tenham diabetes. E para os pais uma dica: evite a superproteção e atitudes que transparecem algum tipo de preconceito. Isso influencia no estado de espírito e consequentemente no processo de aceitação do diabetes pela criança.
Tudo vai contribuir para o processo de educação – a automonitorização do diabetes. A criança precisa entender que tem uma condição e por isso algumas medidas são importantes no dia a dia. É preciso manter a doença sob controle e ensinar a criança a cuidar desse aspecto da vida dela.
Somado a isso, o controle nutricional, prática de atividade física regular e acompanhamento médico especializado são os pilares para manter a boa saúde, o peso e a autoestima.
Passada a infância, os cuidados continuam os mesmos durante a adolescência, dessa vez com o acompanhamento de um endocrinologista adulto. O ideal é que o paciente seja acompanhado simultaneamente entre os 15 e 19 anos até migrar definitivamente para o especialista em saúde adulta.
Ter diabetes infantil não impede a criança de levar uma vida normal, desde que tenha alguns cuidados básicos no dia a dia. Aos pais fica o alerta, caso ela manifeste alguns dos sintomas citados acima, procure orientação de um endocrinologista pediátrico imediatamente.
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