Toda dor no abdômen é sinônimo de apendicite. Correr para o hospital e fazer a cirurgia de emergência é o caminho para a cura. Mas espera! As coisas não são bem assim. Existem outros sintomas além da dor, o próprio tipo de dor é bem característico e há maneiras de tratar – e evitar – o problema. Você sabe quais são?
Tire as suas dúvidas sobre o que é apendicite com a leitura do artigo de hoje.
O que é apendicite?
Quando um pequeno órgão linfático, chamado apêndice, por alguma razão começa a inflamar, surge a temida condição chamada apendicite. Esse órgão tem a forma parecida com um dedo de luva e fica na primeira porção do intestino grosso.
Quando há um volume de materiais diversos obstruindo esse local, a inflamação começa e ela pode ser de dois tipos: aguda e crônica.
Enquanto a aguda é comum, de rápida progressão e de sintomas intensos; a apendicite crônica é mais rara, afetando menos pessoas e causando sintomas mais leves.
Sintomas da apendicite
- Dor ou desconforto abdominal sem localização certa;
- Dor abdominal intensa no lado inferior direito;
- Náuseas e/ou vômitos;
- Perda de apetite;
- Febre baixa persistente – entre 37,5º e 38º;
- Mal estar geral;
- Prisão de ventre ou diarreia;
- Barriga inchada ou excesso de gases;
- Muita dor ao encostar na barriga.
Atenção: a dor causada pela apendicite pode atingir toda a região da barriga. Contudo, é no lado direito inferior do abdômen onde ela é mais forte.
O que fazer quando tiver sintomas?
A primeira coisa a ser feita é procurar atendimento médico de emergência, principalmente se a dor na parte baixa do lado direito do abdômen estiver se manifestando.
O ideal é permanecer em ambiente hospitalar até que haja certeza do diagnóstico para que o tratamento seja eficaz.
O que desencadeia a apendicite?
Não se sabe exatamente as causas da apendicite, no entanto alguns fatores podem favorecer a inflamação no local:
- Retenção de gordura ou de restos fecais dentro do apêndice;
- Infecções gastrointestinais por vírus ou bactérias;
- Compressão externa por tumores ou pólipos.
Fatores de risco para a apendicite
Pessoas de qualquer idade e gênero podem ser acometidas pela apendicite. Entre os 10 e 30 anos de idade, a inflamação tende a ser mais comum. Quando se trata de crianças, é importante ficar atento se houver queixas de dor abdominal frequente e forte.
Quais as complicações da apendicite?
Caso o tratamento não seja feito logo, há o risco o apêndice se romper e com isso contaminar a parte interna do abdômen, causando infecção generalizada.
Quando ocorre na gravidez, a condição é ainda mais preocupante por causar riscos ao bebê. Porém, a única opção de tratamento é a cirurgia, que não prejudica o desenvolvimento da gravidez.
Tratamento para a apendicite
O tratamento deve iniciar tão logo os sintomas sejam manifestados e haja a confirmação médica por meio de exames. São utilizados antibióticos para tratar a infecção.
Na maior parte dos casos, a remoção cirúrgica, em um procedimento chamado apendicectomia, é a saída mais adequada. É uma cirurgia simples, mas requer anestesia geral para ser realizada e pode tanto ser feita via aberta ou por meio de uma videolaparoscopia.
A recuperação vai depender da forma como a cirurgia foi feita e se houve ou não a ruptura do apêndice.
Como evitar o problema?
A inflamação do apêndice é um problema relacionado ao funcionamento do intestino, como você já viu até aqui. Portanto, a prevenção vai consistir em manter uma dieta rica em fibras, priorizando verduras e frutas, para que o tempo de trânsito intestinal seja reduzido e, assim, as fezes não fiquem estacionadas no apêndice.
E aí, este artigo foi útil para você? Você viu que a apendicite pode ser aguda ou crônica e, se surgirem os sintomas clássicos do problema, a procura por ajuda médica deve ser imediata, já que os riscos para a saúde são altos.
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