A obesidade infantil é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura em bebês e crianças. Ela ocorre quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima do recomendado para sua idade. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Federação Mundial de Obesidade, até 2025, o Brasil terá mais de 11 milhões de crianças obesas.
Os números revelam a gravidade do problema, que traz riscos à saúde das crianças. Além disso, esses dados chamam atenção para o consumo desenfreado de alimentos ricos em gordura e açúcar.
Entendendo a obesidade infantil
A obesidade infantil se caracteriza, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o peso da criança está acima dos 15% do peso médio correspondente à sua idade.
Ela é considerada um problema crônico que afeta crianças de até 12 anos de idade. O excesso de peso pode provocar outras complicações como colesterol alto, diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
A condição também pode acarretar no surgimento da depressão, devido à baixa autoestima com o próprio corpo. Se não for tratada por um especialista, a obesidade pode gerar consequências à criança até a vida adulta.
Para a OMS, o problema vem se tornando cada vez mais um dos maiores problemas de saúde pública do século XXI. A condição já atinge os países desenvolvidos e agora, com maior frequência e em crescimento, nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
As informações estatísticas listam que, de cada 10, 8 crianças permanecem obesas ainda na fase adulta. Isso significa que a continuidade da obesidade infantil passa diretamente para a fase adulta, ocasionando muitas outras doenças.
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Conheça as causas e fatores de risco
A obesidade infantil está relacionada diretamente com o estilo de vida do seu ambiente, ou seja, inicia nos hábitos alimentares das famílias. O sedentarismo, aliado com certos fatores hereditários, geram distúrbios psicológicos e emocionais.
Um dos maiores problemas é a facilidade de que a criança tem em assumir estes hábitos, pois o seu metabolismo encontra-se em fase de formação, permitindo assim, uma maior aceitação e desenvolvimento de seu organismo.
A doença pode ser causada por diversos fatores. Confira os mais comuns:
Alimentação
Considerados perigosos para o organismo, são aqueles que produzem baixo valor nutricional e, por sua vez, também são responsáveis pelo vício que os aditivos químicos provocam: o excesso de estímulos cerebrais químicos.
Fatores psicológicos e emocionais
Também desencadeiam a obesidade, como a ansiedade, climas tensos dentro de casa, depressão, timidez excessiva, bullying, etc.
Fatores socioeconômicos
Quando a criança é de origem familiar com poucos recursos econômicos, em geral, a alimentação mais limitada tende a ser dos produtos industrializados não saudáveis.
Medicamentos
Entre os fatores que podem ocasionar a obesidade infantil estão também certas substâncias que podem ser inesperadas: os medicamentos. Sim, certos medicamentos, principalmente aqueles que têm por base corticoides, são arriscados em dosagens frequentes.
Disfunções hormonais
Também se manifestam no aumento do peso, como nos distúrbios causados pela glândula endócrina da tireoide. A irregularidade do sono, também promove a obesidade, sendo responsável por isso o mau funcionamento hormonal de outras glândulas como a hipófise e o hipotálamo.
Sedentarismo
O tempo gasto nas escolas, e em casa à frente dos celulares, televisores e games, fazem das crianças de hoje, as vítimas principais da obesidade.
A ausência de exercícios físicos, de brincadeiras e demais atividades de lazer provocam um aumento gradativo do peso. Os pais, muitas vezes preocupados com a segurança de seus filhos, pecam por outro lado, na falta de movimentação.
Algumas das consequências da obesidade infantil
Dentre as principais consequências podemos encontrar alguns dos seguintes problemas:
- Diabetes;
- Problemas cardiovasculares;
- Má formação da estrutura óssea;
- Menor expectativa de vida
- Existe algum grupo de risco de crianças para adquirir a obesidade? Na verdade não, pois qualquer criança poderá desenvolver ganho de peso, desde que tenha alguma das causas já citadas.
Nem todos os pais com obesidade vão ter filhos com a doença. Como o problema é multifatorial, é preciso ficar atento para a qualidade da alimentação e a prática de exercícios físicos. O estilo de vida exerce uma forte influência sobre o ganho de peso na criança.
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Como prevenir a obesidade infantil
Primeiramente, é importante fazer o cálculo da quantidade de massa e estrutura física da criança. Desta forma, é possível saber a forma de diagnóstico a ser tomada por um nutricionista. Com um profissional da saúde pode-se observar atentamente o histórico familiar da criança.
A ajuda de um nutricionista, psicólogo ou médico pediatra e endocrinologista poderá reverter a situação em médio prazo, dependendo do estágio da patologia.
Uma boa reeducação alimentar que seja imposta disciplinarmente pelos pais, já fará um efeito quase imediato. Atividades físicas que levem em conta os exames e históricos de saúde familiar, serão proveitosos para a criança.
Recapitulando:
- Leve seu filho ao médico, pelo menos, uma vez ao ano;
- Adote um cardápio com alimentos saudáveis no dia a dia. Não se esqueça de dar o exemplo dentro de casa;
- Estimule a criança a praticar atividades físicas como jogar bola e pular corda;
- Não ofereça recompensas ou punições usando doces e salgados;
- Fique de olho em possíveis manifestações da doença como cansaço excessivo, sudorese e dificuldade para respirar.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da obesidade infantil tem como foco a mudança completa no estilo de vida da criança. O mais importante é levar o paciente até o médico para que o profissional descubra o seu grau de risco para a obesidade.
Para crianças acima do peso ou com obesidade leve, pode ser recomendada apenas a manutenção do peso. Com o passar do tempo, grande parte desses pacientes emagrecem, fazendo com que a pessoa entre numa faixa de IMC saudável.
Já para pacientes com obesidade instalada, a redução de peso é a mais indicada. Dentre as opções de tratamento recomendadas, destacam-se a/os:
- Alimentação balanceada com frutas e verduras, além de produtos integrais;
- Prática de atividades físicas regular;
- Medicamentos para redução de peso;
- Cirurgia bariátrica (para maiores de 16 anos de idade).
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