Desde que a mulher recebe a notícia de que está grávida, tudo muda: o corpo, a rotina, a alimentação, começam os cuidados com o bebê, enfim… Mas pouco se fala das primeiras 5 ou 6 semanas depois do parto, período chamado de resguardo ou puerpério, quando ocorrem transformações físicas e psicológicas intensas.
No puerpério, a mulher fica mais sensível fisicamente e emocionalmente devido às alterações hormonais e fisiológicas do corpo, que precisa se adaptar à realidade relacionada com a nutrição do recém-nascido. Para entender melhor o que acontece nesta etapa, preparamos este conteúdo para você. Boa leitura!
*Atenção: este conteúdo é meramente informativo e não substitui a avaliação de um especialista.
No puerpério imediato, que dura até o 10º dia depois do nascimento do bebê, o útero ainda se contrai em intensidade menor e o corpo busca equilibrar as ações fisiológicas. Pode haver sangramento semelhante à menstruação.
O puerpério tardio vai do 11º ao 42º dia depois de a mulher dar à luz. Ainda há transformações na região genital para adequação ao novo estado fisiológico direcionado à produção de leite materno.
O puerpério remoto começa no 43º dia e tem duração indefinida, dependendo da amamentação. Nesta fase, mães que amamentam podem ficar até 1 ano sem menstruar.
Mulheres que não praticam a amamentação exclusiva voltam a ovular, a menstruar e podem engravidar. É importante adotar o contraceptivo indicado pelo médico.
As mães que não amamentam de nenhuma forma voltam a menstruar de 6 a 8 semanas depois do parto.
A barriga volta gradualmente ao tamanho de antes da gravidez, mas em algumas mulheres pode haver diástase abdominal (afastamento dos músculos abdominais).
Há mudanças no formato da vagina e sangramentos leves, com ou sem corrimento.
A mulher pode ter mudanças de humor com episódios de choro e/ou ansiedade, que ficam mais intensos devido às noites mal dormidas. Pode ocorrer fadiga ou cansaço.
A vida sexual deve ser interrompida até que o ginecologista dê alta à paciente, o que acontece, em média, 30 dias depois do parto.
Algumas mulheres podem ter incontinência urinária depois do parto normal, mas esta pode ser minimizada com exercícios pélvicos.
Se a mulher notar hemorragia, odor forte, febre e dores abdominais, deve procurar o médico rapidamente, pois esses sintomas podem indicar uma infecção.
Quaisquer situações que fujam da normalidade devem ser comunicadas ao ginecologista.
Algumas formas são:
O leite começa a surgir de 24 a 72 horas depois do parto.
Antes do leite, a mulher produz o colostro, essencial para a nutrição do recém-nascido.
Nem sempre amamentar é simples – há mulheres que têm pouco leite ou cujo leite não contém os nutrientes necessários, e a alimentação do bebê precisa ser complementada.
O apoio do companheiro ou companheira é importante neste momento, não apenas para dividir tarefas domésticas, mas para que a mulher possa conversar e descansar.
Pode ocorrer o chamado baby blues (ou disforia puerperal), uma tristeza ou melancolia por razões hormonais, que costuma durar por volta de duas semanas.
A depressão pós-parto precisa ser levada muito a sério, pois começa no puerpério e pode comprometer o vínculo entre a mãe e o bebê.
Alguns dos sintomas deste problema são: insônia ou excesso de sono, sentimentos de culpa e de menos valia e tristeza profunda.
Na presença de algum desses sintomas, deve ser iniciado um tratamento adequado o quanto antes.
O que você achou deste post? O puerpério é uma fase que exige muito da mulher e em que ocorrem várias mudanças no corpo e no emocional. A futura mãe pode se preparar para o puerpério ainda na gravidez, e atravessá-lo será menos desafiador se a mulher contar com uma “rede de apoio” para dividir tarefas, descansar e conversar.
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