Você sabe o que é e o que causa a Síndrome de Guillain-Barré? Este é um distúrbio pouco conhecido pela população e que é autoimune. Ou seja, o próprio sistema imunológico acaba atacando as células nervosas e inflamando os nervos.
Como consequência disso, o corpo reage com fraqueza, formigamento na perna, nos braços, falta de sensibilidade, mudança na pressão arterial, dentre inúmeros outros sintomas.
A doença é perigosa e pode ser fatal por conta dela conseguir afetar a movimentação dos músculos respiratórios. Ficou curioso e quer saber mais sobre a doença? Então continue lendo, pois daremos algumas informações sobre ela.
*Atenção: este conteúdo é meramente informativo e não substitui a avaliação de um especialista.
O que causa a Síndrome de Guillain-Barré?
A síndrome é causada por uma infecção, que muitas vezes pode se originar por conta do Zika vírus. Esse vírus pode acabar gerando o comprometimento das funções do sistema imune e sistema nervoso.
Desse modo, acabam resultando no aparecimento de sinais e sintomas que são bem característicos da doença. Então, por conta da mudança do sistema imune, o corpo da pessoa infectada acaba indo ao ataque do próprio sistema nervoso periférico.
Dessa forma, destroem a bainha de mielina, que é a membrana que cobre os nervos e faz o aceleramento da condução do impulso nervoso, ocasionando os sintomas.
Quando a bainha de mielina se perde, os nervos acabam ficando inflamados e isso acaba impedindo que haja um sinal nervoso de transmissão para o músculo, fazendo com que o corpo fique fraco e haja a sensação de formigamento tanto nos braços quanto nas pernas.
Veja abaixo alguns fatos e dúvidas sobre a doença.
1. Como se transmite a Síndrome de Guillain-Barré?
A síndrome não é algo no qual é transmitido, e sim uma manifestação autoimune. Porém, essa manifestação pode acontecer por conta de diversas infecções, inclusive das sequelas do zika vírus.
Há diversas infecções que são associadas ao aparecimento da síndrome, porém, uma das mais comuns tem sido a infecção de Campylobacter, que é responsável por causar diarreias.
Sarampo, influenza A, mycoplasma pneumoniae, dentre outros também estão associadas ao aparecimento da doença. Ainda que seja difícil realmente determinar o que faz com que a doença aconteça exatamente, essas são algumas das suspeitas.
O diagnóstico acontece através da análise feita do líquido cefalorraquidiano e pelo exame eletrofisiológico.
2. Quais os sintomas da Síndrome de Guillain-Barré?
Há uma série de sintomas que podem ser sentidos quando uma pessoa está sofrendo por conta da síndrome. Ainda mais porque ela pode se desenvolver muito rápido e piorar muito depois de um tempo.
Dentro de três dias, se ela não tiver tratamento adequado, pode causar paralisia. Porém, nem todo mundo desenvolve sintomas que sejam muito graves.
Mas, em geral, as pessoas passam a sentir as seguintes coisas:
- Fraqueza nos músculos que pode iniciar nas pernas e depois atingir os braços, diafragma e músculo da face e boca, trazendo prejuízos na fala e alimentação;
- Formigamento e perda de sensibilidade nas pernas e nos braços;
- Dores nas pernas, quadril e costas;
- Peito palpitando, coração acelerado;
- Mudança da pressão, sendo ou muito alta ou muito baixa;
- Dificuldade para que se possa respirar ou engolir por conta da paralisia dos músculos respiratórios e digestivos;
- Dificuldade de controlar urina e fezes;
- Medo, ansiedade, desmaios e vertigens;
Quando o diafragma das pessoas é atingido, o indivíduo pode acabar sentindo uma certa dificuldade para que se possa respirar. Ligar a pessoa a aparelhos é fundamental para auxiliar na sua respiração e evitar que aconteça asfixia.
3. Como o diagnóstico se confirma?
Quando a síndrome está no início, é muito difícil ter algum tipo de diagnóstico. Isso porque os sintomas acabam sendo parecidos como os de uma doença qualquer em que se tenha um tipo de comprometimento neurológico.
O diagnóstico é feito realmente por meio de uma análise dos sintomas, de exames físicos completos e exames de punção lombar, ressonância magnética e eletroneuromiografia.
Os pacientes que são diagnosticados pela Síndrome de Guillain-Barré devem ser internados para que tenham o devido acompanhamento e tratamento de profissionais. Quando a doença não tem o tratamento devido ela pode levar à morte.
4. Como o tratamento é feito?
O tratamento tem como foco trazer alívio para os sintomas e fazer um aceleramento na recuperação do paciente. O tratamento de início deve acontecer no hospital.
Após a saída do paciente, é fundamental realizar fisioterapias. O tratamento pode acontecer por meio de plasmaférese terapêutica. Ela consiste em filtrar o sangue para tirar as substâncias que podem estar causando a doença.
Com a filtragem e devolução do sangue ao organismo, o corpo acaba tendo sinais positivos para produzir anticorpos que sejam saudáveis.
Outro tipo de tratamento também acontece por meio da injeção de imunoglobulina. Esse tratamento injeta na veia anticorpos saudáveis que agem contra aqueles que têm causado a doença.
Assim, o tratamento é eficaz e acaba trazendo um alívio nos sintomas. Como dissemos, a fisioterapia também é algo bastante indicado, pois acaba promovendo a recuperação do músculo e da respiração.
A qualidade de vida então do paciente acaba sendo elevada. A fisioterapia deve acontecer por no mínimo 1 ano depois que o paciente tiver saído do hospital, assim como outros cuidados essenciais para manter uma boa saúde.
Assim, pode-se garantir que o paciente recupere ao máximo as suas capacidades. Os sinais que demonstram a melhora do paciente aparecem em pelo menos 3 semanas depois do início do tratamento.
Em geral, os pacientes se recuperam depois de 6 meses. Já os sinais de piora surgem quando o tratamento não é iniciado, assim, podem demorar até duas semanas para que apareçam esses sinais depois dos primeiros sintomas.
Pode-se percebê-los quando há uma certa dificuldade na respiração e nas alterações de pressão arterial.
Conclusão
Por fim, vimos então o que é a Síndrome de Guillain-Barré, como ela surge, quais seus sintomas, e o que fazer em caso dela surgir. A procura por um neurologista deve ser feita imediatamente aos primeiros sinais da doença.
Por meio da orientação médica será possível realizar o tratamento adequado para que não haja nenhuma sequela no paciente. Nos conte aqui então se este conteúdo te ajudou e compartilhe-o com outras pessoas.