Nos últimos anos, tem-se registrado uma queda nos casos de infecção pelo HIV, o Vírus da Imunodeficiência Adquirida. No estado de São Paulo, por exemplo, a queda foi recorde, de 18%, desde 1996. Em paralelo a isso, o tratamento para HIV tem se mostrado cada vez mais eficaz, devolvendo a esperança para muitos pacientes.
Além de prolongar o tempo de vida, o tratamento ainda é capaz de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos soropositivos. Uma dúvida comum das pessoas é quanto às formas de tratamento: existe diferença conforme a idade dos pacientes?
Esta e outras dúvidas, você vai tirar nesta matéria que nós, da Santo Remédio, preparamos. Confira!
O tratamento para HIV envolve a combinação de três categorias diferentes de medicamentos, e cada uma delas envolve um número de medicamentos. Ao todo, são mais de 36 combinações.
Em 2017, a rede pública passou a ofertar um dos melhores antirretrovirais do mundo: o Dolutegravir. Ele é usado por 87% das pessoas que iniciam o tratamento no Brasil.
Ele aumenta em 42% a chance de indetecção viral. Isso quer dizer que, ao realizar o exame, o vírus não é detectado, devido às suas quantidades extremamente baixas no organismo.
Em três meses de uso do medicamento, a pessoa já apresenta carga viral inferior a 50 cópias/ml.
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Os medicamentos antirretrovirais para HIV atuam no mecanismo de multiplicação do vírus, evitando que ele infecte as células de defesa do organismo. Assim, ele impede o enfraquecimento do sistema imunológico da pessoa, evitando que ela adoeça.
É por isso que o paciente precisa seguir à risca todas as recomendações médicas. O tratamento, se feito da forma correta, aumenta a expectativa de vida e previne infecções por doenças oportunistas.
Além disso, quando a pessoa é infectada, a carga viral aumenta rapidamente. Essa carga representa a rapidez com que o HIV se reproduz no organismo. Durante um tratamento bem-sucedido, a carga viral diminui para níveis muito baixos, o que a torna indetectável. Nesta fase, as chances de transmissão do vírus por via sexual também reduz a quase zero.
A expectativa de vida dos pacientes que seguem à risca o tratamento está bem perto do normal. Um estudo publicado na revista científica britânica The Lancet mostra uma diferença dos tratamentos atuais para os dos anos noventa.
Pessoas de 20 anos que começaram o tratamento antirretroviral em 2010 já têm uma expectativa de vida 10 anos mais alta que a de jovens da mesma idade submetidos ao tratamento em 1996.
Ou seja, a do jovem que começou a terapia antirretroviral depois de 2008, com baixa carga de vírus, é de 78 anos de idade – bem similar à do resto da população saudável.
Isso mostra um avanço significativo nos resultados. Eis mais um motivo para fazer o teste e, caso o resultado for positivo, começar o tratamento o quanto antes.
Se você chegou até aqui, já deve ter conferido como se dá o tratamento antirretroviral e como o organismo dos pacientes responde a ele. Mas, afinal, existe diferença no tratamento de jovens para pessoas mais velhas?
Essa dúvida é bastante comum e nós vamos explicar melhor.
Como você viu, o tratamento para o HIV envolve a combinação de três categorias diferentes de medicamentos, com mais de 36 combinações.
A variedade de opções se dá principalmente pela necessidade de adequar o tratamento ao estilo de vida do paciente.
Como você viu, o tratamento da doença deve ser adequar às condições de saúde e estilo de vida do paciente. Isso pouco tem a ver com a idade, visto que o vírus HIV age da mesma forma em todos os organismos.
Por isso, ao iniciar o tratamento, as condições de saúde e estilo de vida do paciente precisam ser analisados pelo profissional de saúde.
A principal forma de prevenção do vírus HIV é o uso de preservativos em todas as relações sexuais. Estes podem ser comprados em supermercados, farmácias e drogarias, e também são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde e nas campanhas de prevenção promovidas pelo governo.
Além disso, outras formas importantes de prevenção contra a AIDS, são:
Hoje em dia, também são ofertados pelo SUS a Profilaxia Pós-Exposição. Ela deve ser tomada nos seguintes casos:
Para funcionar, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco, em até 72 horas, e deve ser tomada por 28 dias seguidos.
Já a PrEP – Profilaxia Pré-Exposição ao HIV – é o uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus do HIV, reduzindo a probabilidade da pessoa se infectar com vírus.
A PrEP deve ser utilizada se você acha que pode ter alto risco para adquirir o HIV.
A PrEP não é para todos e também não é uma profilaxia de emergência, como a PEP. Os públicos prioritários para a PrEP são populações-chave:
Agora que você já sabe como se dá o tratamento para HIV, não deixe de conferir outros assuntos sobre saúde no blog da Santo Remédio. Leia também: HPV na mulher pode causar câncer de colo de útero? Descubra aqui.
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