Álcool e medicamentos: razões para evitar essa combinação

Há muitas razões para evitar a mistura perigossa de álcool com medicamentos

Sangramentos, hepatite e morte. Um trio de consequências um tanto trágicas, e no entanto, comuns de acontecer quando álcool e medicamentos se misturam no organismo.

Confira no artigo porque você deve ficar atento no consumo de ambos e porque é tão perigosa a interação entre eles. 

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Por que não combinar entre álcool e medicamentos?

Sempre ouvimos que misturar álcool e medicamentos é um risco para a saúde e que o álcool interfere na eficácia dos remédios. É basicamente isso mesmo, mas existem outros fatores a serem detalhados e vamos falar sobre eles.

Para entender melhor onde mora o perigo, é só ter o seguinte raciocínio: a maior parte dos medicamentos é metabolizada no fígado e o álcool também é processado pelo mesmo órgão. 

A eliminação das substâncias dos remédios do organismo ocorre após certo período e, como o álcool altera o metabolismo, três situações podem ocorrer:

  1. Elas serem eliminadas antes do tempo, anulando o efeito terapêutico;
  2. Potencializar o efeito do remédio, causando intoxicação no organismo;
  3. Sobrecarregar o fígado, causando doenças e até a morte.

O álcool, ao ser ingerido, é absorvido pela corrente sanguínea e passa pelo organismo todo. Cérebro, coração, estômago, fígado, rins e até os pulmões. 

Os efeitos do consumo, quando associados aos medicamentos é tóxico, impacta na estrutura e funcionamento dos órgãos, desidrata e prejudica a absorção de nutrientes importantes.

Efeitos da mistura entre álcool e medicamentos

Trouxemos uma lista com os riscos da interação do álcool com medicamentos. Veja abaixo:

Antibióticos

Acúmulo de substâncias no organismo, podendo causar vômitos, palpitação, dor de cabeça, pressão baixa, dificuldade para respirar e falecimento das funções dos órgãos.

O álcool ainda interfere nas defesas do corpo, tornando mais difícil o combate contra vírus e bactérias danosos à saúde.

Antiinflamatórios

O álcool diminui o efeito dos antiinflamatórios, pois aumenta a eliminação pelo corpo. Como o fígado é forçado a trabalhar, há risco de úlcera gástrica, sangramentos no estômago e intestinos, causando fezes negras, com sangue ou tosse com sangue ou vômito.

Analgésicos e antitérmicos

De maneira geral, a eficácia é diminuída, mas há dois casos excepcionais. Com dipirona, o efeito do álcool é potencializado. 

Com paracetamol, os riscos são:

  • hepatite medicamentosa;
  • problemas no fígado;
  • febre;
  • arrepios;
  • dor ou inchaço nas articulações;
  • fadiga ou fraqueza;
  • hemorragia ou nódoas negras;
  • erupção cutânea ou comichão;
  • perda de apetite;
  • náuseas, vômitos;
  • amarelecimento da pele ou do branco dos olhos.

Anticoncepcionais

Compromete que as propriedades do anticoncepcional atuem de forma a proteger a mulher. 

Ansiolíticos

Aumenta o efeito sedativo, aumentando o risco de coma e insuficiência respiratória Outros efeitos comuns: tontura, sonolência, confusão e dificuldade de concentração, problemas de raciocínio, julgamento e coordenação motora.

Insulina e hipoglicemiantes

Causa hipoglicemia, que pode ser fatal para quem tem diabetes. 

Anticonvulsivantes

Os efeitos colaterais são potencializados e há o risco de intoxicação por causa disso. A eficácia é comprometida, desencadeando crises.

Anestésicos

Dificulta a ação deste tipo de medicamento, exigindo uma dose maior para fazer efeito. 

Anticoagulantes

A combinação entre álcool e anticoagulantes pode causar hemorragia.

Anti-hipertensores

Eficácia comprometida, tonturas e arritmias.

Antialérgicos

Potencializa o efeito sedativo e afeta o equilíbrio corporal.

Medicamentos para disfunção erétil

Podem ocorrer: pressão baixa, tontura, desmaios, vermelhidão na pele, dor de cabeça e palpitações no coração.

Quando o consumo é seguro?

A dica é respeitar o tempo de duração do efeito do medicamento antes de ingerir bebida alcoólica. Para isso, é preciso ler na bula em quanto tempo as substâncias levam para serem excretadas pelo organismo. O tópico onde fica essa informação é chamado farmacocinética. 

Curtiu nosso conteúdo? No artigo de hoje você pode entender porque a mistura entre álcool e medicamentos deve ser evitada a todo custo e as consequências para o fígado – e a saúde de modo geral –  caso não seja seguida.

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