As questões que envolvem a saúde sexual masculina ainda são cercadas por muitos tabus. A capacidade de manter uma vida sexual saudável tem influência direta na qualidade de vida e autoestima dos homens.
No entanto, muitos pacientes sentem dificuldade e até mesmo vergonha de procurar assistência médica. No Brasil, os homens demoram em média quatro anos para buscar ajuda após terem sintomas de disfunções sexuais.
Neste artigo você vai ver sobre os principais problemas que afetam a saúde sexual do homem e como eles podem ser tratados.
1. Disfunção erétil
Durante muito tempo a disfunção erétil foi nomeada como “impotência” nas propagandas que vendiam a cura para o problema. No entanto, os médicos passaram a censurar o termo por conta do seu teor pejorativo.
A disfunção erétil é definida como a incapacidade recorrente de produzir ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória há seis meses ou mais. O problema é o que mais afeta a saúde sexual do homem.
Os médicos separam as causas em dois tipos: físicas e psicológicas.
O estilo de vida é o principal responsável , do ponto de vista físico, por causar a disfunção erétil. A ereção acontece quando os vasos sanguíneos se dilatam e preenchem os corpos cavernoso. Logo, tudo o que faz mal para os vasos sanguíneos também prejudica a ereção, como por exemplo:
- Aumento do colesterol;
- Vida sedentária;
- Tabagismo;
- Diabetes;
- Obesidade;
- Uso de drogas.
Mas são os fatores psicológicos que mais fazem “broxar”. Eles são variados, como o medo de uma gravidez indesejada (no caso de homens que mantêm relações sexuais com mulheres), depressão e outros.
A também a chamada disfunção erétil situacional. Que é quando o homem tem uma ereção normal com a esposa, mas broxa com a amante, e vice-versa, por exemplo. Perda de emprego, viuvez também podem ser causas.
Nesses casos a recomendação é que o paciente faça psicoterapia especializada. Remédios resolvem o problema momentaneamente, mas só o reequilíbrio emocional pode solucionar de vez.
O tratamento via terapia e remédios é considerado a primeira linha contra a disfunção erétil. A segunda, necessária para cerca de 30% dos pacientes, consistem em injeções no corpo cavernoso do pênis. Mas há casos em que o homem não consegue se adaptar ao tratamento.
É nessa hora que entra a terceira linha: prótese peniana. É o implante de hastes de silicone do corpo cavernoso. Assim o pênis fica ereto, com uma prótese maleável semi-rígida.
Ainda dentro da terceira linha, há a técnica de uso de choque eletromagnéticas. Segundo estudos, essas ondas aumentam aumentam a circulação sanguínea no pênis, que é o que causa a ereção.
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2. Perda do desejo sexual
A falta de libido é cada vez mais normal entre os homens! E ela pode ter causas hormonais – que é perfeitamente natural – e emocionais.
A libido está ligada ao hormônio da testosterona, que atinge o pico na adolescência e diminui a partir dos 50 anos. Nesses casos, a reposição hormonal resolve o problema e é possível restabelecer a saúde sexual do homem.
Mas se o problema é de ordem emocional, a única solução é psicoterapia. Afinal, se os exames estão normais, não há necessidade de ministrar remédios.
3. Ejaculação precoce
O conceito de ejaculação precoce ainda não é um consenso. No entanto envolve três conceitos:
- Ejaculação rápida;
- Sensação de falta de controle;
- Um incômodo no casal.
Em geral, esse problema é causado por problemas psicológicos, mas também pode ser motivado por uma hipersensibilidade na glande (a “cabeça” do pênis). É mais comum em homens com menos de 25 anos.
O tratamento é por meio de psicoterapia e, caso seja necessário ministrar medicamentos, no Brasil eles são antidepressivos. Eles provocam o aumento na serotonina no sistema nervoso central, retardando o gatilho da ejaculação.
A saúde sexual do homem é um tema muito importante e que precisa ser debatido sem as amarras do preconceito. Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender a importância disso. Continue conosco e leia também: 5 receitas para diabéticos e hipertensos para fazer em casa