Covid-19: tire agora 5 dúvidas sobre a vacinação infantil

Vacinação infantil covid-19

Nos últimos meses, a vacinação infantil tem sido muito debatida no Brasil. O motivo é a recomendação por médicos e autoridades da saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid (Secovid, do Ministério da Saúde), de que crianças a partir de 5 anos sejam vacinadas o quanto antes contra o Coronavírus. 

*Atenção: este conteúdo é meramente informativo e não substitui a avaliação de um especialista. 

A ideia é proteger o público infantil e jovem, que pode desenvolver quadros graves de Covid-19 e está mais suscetível à variante Ômicron porque não foi imunizado. 

Em janeiro de 2022, houve 2.122 internações de indivíduos de zero a 19 anos no país e 86 mortes, o que demonstra a vulnerabilidade de crianças e adolescentes à doença.

Por isso, preparamos esta postagem que explica como funcionam as vacinas aplicadas em crianças e jovens, quais são os efeitos colaterais e outros aspectos relacionados. Confira!

 

O que se sabe a respeito da vacina contra Covid-19 em crianças?

Vacina contra Covid-19 em criançasEm estudos, tanto a vacina Comirnaty (da Pfizer, para crianças de 5 a 11 anos) quanto a Coronavac (recomendada para a vacinação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos) demonstraram proteção superior a 90% contra internações e óbitos. Os efeitos colaterais, na maioria dos casos, são os já esperados, como febre e dor no local da aplicação.

1. A vacina contra Covid-19 foi aprovada pelos órgãos reguladores?

  • A vacina Pfizer tem registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada no público infantil brasileiro
  • A Coronavac foi aprovada para uso emergencial em crianças acima de 6 anos que não sejam imunocomprometidas. 
  • Elas também foram aprovadas pelas principais reguladoras de medicamentos e vacinas do mundo, como European Medicines Agency (EMA, da Europa), Food and Drug Administration (FDA, dos Estados Unidos), e similares.

2. Como funcionam as vacinas aplicadas no público infantil?

  • A CoronaVac é feita com vírus inativado, uma tecnologia tradicional e segura de produção de imunizantes. 
  • Ela contém o vírus da Covid-19 (o SARS-Cov-2) inativado, que não faz mal à saúde, mas prepara o corpo para combater infecções futuras
  • A vacina Pfizer é feita de RNA mensageiro (mRNA). O mRNA sintético “ensina” o organismo a fabricar a proteína S do SARS-CoV-2, que liga o vírus com as células de quem recebe a vacina. 
  • Essa molécula não causa Covid-19, não penetra nas células e não modifica o genoma (a sequência completa de DNA de qualquer ser vivo).
  • As vacinas não são experimentais, já que a tecnologia de mRNA é pesquisada desde os anos 1990. Portanto, nenhum indivíduo serve de “cobaia” ao ser imunizado.

3. E as reações adversas?

  • As reações adversas são, em geral, leves e controladas, diferente do que pode ocorrer quando temos Covid-19. 
  • Em fevereiro de 2022, o presidente da Anvisa declarou que não havia registros de mortes de crianças no Brasil causadas pela vacinação.
  • A miocardite (inflamação do músculo cardíaco) é a reação mais séria detectada. Mas, segundo a Anvisa, o risco é 16 vezes maior entre não vacinados
  • Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os casos de miocardite associados à vacina da Pfizer foram mais observados em adolescentes e jovens adultos do que em crianças na faixa etária indicada para imunização.

Vacinação público infantil

4. Por que boatos e notícias falsas sobre a vacinação infantil são perigosos?

  • As redes sociais, que são fonte de informação para uma boa parcela da população brasileira, têm dado força a movimentos que contestam o uso de vacinas.
  • Isso fez com que males como o sarampo, que tinha sido erradicado no país, voltassem (em 2020, houve 10 mortes por essa doença no Brasil).
  • Também aumentaram os casos de paralisia infantil, difteria (que, sem tratamento adequado, podem matar) e rubéola, que pode deixar sequelas graves.
  • O Ministério da Saúde garante a segurança das vacinas aplicadas no Brasil e recomenda que a população procure checar a procedência e a veracidade de informações divulgadas em redes sociais e/ou repassadas pelo WhatsApp.
  • Várias secretarias de saúde estaduais e municipais no Brasil criaram projetos para desmentir fake news sobre Covid-19, vacinação e outros assuntos. 
  • Em Manaus, notícias confiáveis sobre Covid-19, vacinação e temas relacionados podem ser vistas no site https://imuniza.manaus.am.gov.br.

O que você achou deste artigo? Nele, você viu que as vacinas contra a Covid-19 para crianças e jovens são seguras, as razões para vacinar esse público e que, além do Coronavírus, a vacinação evita doenças sérias como sarampo e paralisia infantil.

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