Os primeiros sintomas da doença de Alzheimer podem passar despercebidos ou mesmo ser confundidos com sinais normais da velhice. A verdade é que a doença é mais do que um mero esquecimento corriqueiro. Em casos avançados, pode provocar total dependência de cuidados.

Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.

Neste artigo que a Santo Remédio preparou, você vai descobrir como identificar os primeiros sintomas de Alzheimer. Vai também saber como agir caso alguém da sua família seja diagnosticada com a doença. Confira!

O que é a doença de Alzheimer?

A doença se apresenta como demência ou perda das funções cognitivas, como: memória, orientação, atenção e linguagem. Biologicamente, a doença surge pela morte de células cerebrais.

Não se sabe ao certo por que a doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características da doença. As duas principais alterações são:

• Surgimento de placas senis decorrentes no depósito de proteína beta-amiloide, ironicamente, uma substância que protege o cérebro.
• Redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.

Alguns estudos mostram que as alterações cerebrais já estariam instaladas antes do aparecimento dos sintomas demenciais. As áreas mais atingidas são de células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e funções executivas que envolvem planejamento e execução de ações complexas.

Quando a doença é diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

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Quais são os principais fatores de risco?

• A idade é o mais conhecido fator de risco do Alzheimer;
• A influência genética pode ser responsável por 1% a 5% dos casos;
• O Alzheimer afeta mais as mulheres do que os homens;
• Estilo de vida; hábitos como beber em excesso, fumar, dieta rica em gordura, estresse, sedentarismo podem ser ruins para a saúde em geral, especialmente a do cérebro.

Principais sintomas do Alzheimer

Como dissemos no início deste artigo, os sintomas, a princípio, se parecem com esquecimentos normais dos quais todos nós somos vítimas diariamente. Entretanto, quando se trata de Alzheimer, eles possuem características próprias.

Perda de memória

Quem nunca esqueceu o celular, a chave do carro ou qualquer objeto em algum lugar? Bom, isso é considerado normal. Temos naturalmente a tendência de selecionar memórias.

No caso do Alzheimer, a pessoa costuma esquecer coisas recentes e, aos poucos, datas importantes ou eventos. Costuma repetir a mesma pergunta ou contar a mesma história várias vezes.

O normal seria esquecer o nome ou palavras, mas lembrar logo depois.

Dificuldade para planear ou resolver problemas

O Alzheimer também afeta os aspectos cognitivos, diminuindo a capacidade de seguir um plano ou trabalhar com números, por exemplo.

Além disso, ter dificuldades de concentração e levar muito mais tempo para fazer coisas que habitualmente fazia de forma mais rápida.

O que é normal?
Cometer erros ocasionais, como calcular de forma errada, mas logo depois corrigir.

Dificuldade em executar tarefas comuns do cotidiano

Se a pessoa sempre cozinhou muito bem, mas depois de algum tempo acabou tendo enormes dificuldades para isso, pode ser um sinal de Alzheimer. Assim como esquecer as regras de um jogo favorito, esquecer como solucionar um processo no trabalho, por exemplo.

O normal é ter dificuldades para lembrar as regras de um jogo depois de anos sem jogar, ou tentar reproduzir a receita que aprendeu com a mãe ainda na adolescência.

Perda da noção do tempo e confusão mental

O portador da doença de Alzheimer pode perder noção de datas, estações do ano e da passagem do tempo. Pode ter dificuldade em entender uma conversa, esquecer de onde estão ou como chegaram até lá.

O normal é ficar confuso sobre o dia da semana, mas lembrar logo em seguida.

Problemas de linguagem

Além da falta de compreensão, o idoso com Alzheimer pode ter dificuldade de acompanhar ou se inserir numa conversa. Podem ter dificuldade de encontrar palavras adequadas ou dar nomes errados às coisas.

O normal é ter, às vezes, dificuldade para encontrar uma palavra ideal para a conversa.

Trocar o lugar das coisas

Uma atitude comum de quem tem Alzheimer é colocar as coisas em lugares inadequados, às vezes absurdos. Podem perder objetos e se tornam incapazes de procurar e encontrá-los. Podem, também, acusar outras pessoas de roubo.

Algo considerado normal é esquecer onde colocou um objeto, mas encontrar logo em seguida.

Alterações do humor e personalidade

Aquela pessoa que sempre foi bem-humorada, mas aos poucos tem se mostrado agressiva ou apático precisa de atenção. É claro que isso também pode ser confundido com outros transtornos, como o de bipolaridade, por exemplo.

Ter esse comportamento devido a uma frustração ou aborrecimento é comum e absolutamente normal. Mas repentinamente e sem qualquer causa aparente pode ser sinal da doença.

Existem formas de prevenir o surgimento da doença?

Embora a ciência não tenha descoberto maneiras de frear ou curar a doença de Alzheimer, estudos mostram que é possível prevenir e retardar sua ação. Isso é possível com hábitos saudáveis, como:

• Alimentação rica em folhas verdes: pode retardarem quase dez anos a perda de memória.
• A atividade física aumenta a formação de um tipo de proteína que ajuda a fazer conexões entre os neurônios, aumentando a capacidade das conexões e consequentemente da memória.
• Manter o cérebro ativo, com jogos, leitura, socialização, artesanatos e atividades novas são excelentes exercícios para as conexões cerebrais.

Caso você tenha parentes com esses sintomas, é importante a busca por ajuda médica o quanto antes. Lembre-se que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor será o resultado do tratamento.

Agora que você já sabe mais sobre a doença de Alzheimer, não deixe de conferir outros assuntos do nosso blog. Leia também: Terceira idade: 5 dicas para melhorar a saúde mental dos idosos.