Você já deve ter ouvido falar que a doação de órgãos salva vidas. Muitas pessoas esperam na fila do transplante de órgãos a cura de enfermidades e para aumentar sua expectativa de vida com mais qualidade e saúde.
E para ser um doador, a única coisa necessária é comunicar os seus familiares sobre a sua decisão. Para sanar as suas dúvidas sobre como funciona a doação de órgãos no Brasil, basta continuar a leitura deste material que elaboramos sobre o tema. Vamos começar?
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Por que devo me preocupar com isso?
A doação de órgãos é um gesto de bondade e solidariedade, esse é o primeiro argumento. Em segundo lugar estão as estatísticas: milhares de pessoas aguardam na fila do transplante de órgãos atualmente no Brasil. E essa fila é longa, pois a demanda é maior que a oferta de órgãos disponíveis para a doação.
No mês de setembro é realizada a campanha para a conscientização das pessoas sobre esse assunto, já que no dia 27 é Dia Nacional da Doação de Órgãos.
Dados informados pelo RBT – Registro Brasileiro de Transplantes contabilizam no primeiro trimestre de 2019 um total de 7.974 pacientes que entraram na lista de espera. Desses, 806 faleceram antes de fazer a cirurgia.
Os desafios para dar conta dessa demanda começam em casa. Em muitos casos a própria família não enxerga a doação de órgãos como uma atitude nobre, vê como a mutilação do corpo da pessoa querida que morreu. O desconhecimento sobre o assunto e dificuldades de logística e isquemia também entram nessa conta.
Como funciona a doação de órgãos no Brasil?
Nosso país é referência mundial no procedimento, ocupando o segundo lugar no ranking mundial, com o total de 96% de cirurgias realizadas pelo Sistema Único de Saúde – SUS, assim como a assistência, desde exames pré-operatórios, acompanhamento, cirurgia e medicamentos.
Órgãos que podem ser doados:
- coração;
- fígado;
- pâncreas;
- pulmão;
- rim.
E tecidos:
- medula óssea;
- ossos;
- córneas.
A morte encefálica é quando há perda completa e irreversível das funções cerebrais. A Lei 9.434 garante a doação de órgãos no Brasil só pode ser realizada após esse diagnóstico e depois da parada cardiorrespiratória. Também assegura que os órgãos não sejam removidos sem autorização de um familiar.
Isquemia
Termo comum quando se fala nesse assunto. O tempo de isquemia é o tempo de remoção de um órgão até ser transplantado em outra pessoa. Confira o tempo de isquemia de cada órgão:
- Coração: 4 horas
- Pulmão: 4 a 6 horas
- Rim: 48 horas
- Fígado: 12 horas
- Pâncreas: 12 horas
Como ser um doador de órgãos no Brasil?
Avisar a família é o primeiro, e mais importante, passo. Deixe claro que eles devem autorizar a doação dos órgãos. No Brasil não existe, hoje, meios legais que assegurem isso, no entanto a vontade da pessoa falecida pode ser um fator motivador para a autorização.
Para quem deseja ser doador de medula óssea, pode se cadastrar no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, feito nos Hemocentros das principais cidades. Pode até solicitar a carteirinha de doador.
Tipos de doador
Doador vivo
É possível doar órgãos desde que você concorde com isso e que sua saúde não seja comprometida. O que pode ser doado em vida: um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
A lei garante que cônjuges e parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes precisam de autorização judicial.
Doador falecido: pacientes com morte encefálica, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).
Gostou no nosso conteúdo? Nele você viu que a doação de órgãos é um tema importante para ser abordado. Com tanta gente precisando, que tal pensar com carinho nessa decisão? A Santo Remédio convida você a fazer parte dessa corrente do bem e salvar vidas. Converse com seus amigos e familiares a respeito.