Viajar e manter o controle do diabetes pode parecer difícil. Pessoas portadoras da doença precisam ficar atentas para não esquecer de levar o medicamento necessário. Por isso, antes de arrumar as malas, verifique como será o transporte de insulina.
Não basta levar só a insulina, é preciso também verificar as condições da pilha do glicosímetro (aparelho que mede a glicose) e a quantidade de fitas para o teste de glicemia capilar que será necessária durante a viagem.
Mas não se preocupe, ter diabetes não significa que você não pode aproveitar sua viagem. Apenas será necessário se programar melhor para isso. Pensando nisso, a Santo Remédio separou algumas dicas importantes para fazer o transporte de insulina adequadamente e ter uma viagem tranquila e segura.
Como deve ser feito o transporte de insulina?
Uma pessoa com diabetes deve fazer suas malas de viagem levando a insulina e demais instrumentos para medir a glicose. Assim, é importante ressaltar que o transporte correto da insulina oferece um funcionamento adequado do hormônio para o tratamento da doença.
Fazer o transporte de forma incorreta pode prejudicar as propriedades do medicamento e até mesmo oferecer riscos à saúde do paciente.
Então, é necessário ter sempre em mente as seguintes recomendações para organizar sua bagagem de mão e não deixar faltar nada na mala.
Dobre a quantidade do medicamento
Como diz o ditado popular “é melhor prevenir do que remediar” e, em viagens, estamos suscetíveis a imprevistos. Então fazer um planejamento e garantir o estoque de medicamento é a melhor forma de ter uma viagem tranquila sem surpresas desagradáveis.
Ao viajar, verifique a duração da viagem e calcule o número de frascos ou refis necessários para o tratamento até o retorno. Mesmo assim, leve uma quantidade extra de insulina e suprimentos.
É recomendado levar de 2 a 3 vezes de insumos (medicamento oral, insulina, agulhas, sensores, cateteres, tiras para medir a glicemia) do que seria necessário para o período da viagem.
Isso porque, em viagens internacionais, por exemplo, na compra do medicamento muitas vezes é exigida a apresentação da receita médica assinada por um médico local. Sem contar na dificuldade de encontrar exatamente o remédio que o paciente precisa.
De qualquer forma, para dúvidas e aconselhamento, sempre pergunte ao médico.
Não despache a mala com a insulina!
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em viagens de avião, a insulina deve ser transportada na bagagem de mão.
Uma dica é montar 2 kits com a insulina e seus insumos e separar em duas malas. Essa ação, garante a continuidade do tratamento em caso de perda ou extravio da bagagem. É prudente ter tudo o que é utilizado no tratamento na bagagem de mão.
Não é recomendado o despacho das malas pelo fato de que as insulinas podem congelar no compartimento do avião devido às grandes altitudes em que o avião pode atingir.
Além disso, pode correr o risco das malas se perderem ou alguém pegá-las por engano.
A mesma regra se aplica aos outros tipos de transporte (terrestre e marítimo). O medicamento sempre deverá estar em mãos, seja na mala ou em outro tipo de condicionamento.
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Faça a refrigeração e armazenamento de forma adequada
Seguir as instruções de uso, verificar a validade e outros procedimentos na hora de refrigerar e armazenar a insulina, são cuidados que garantem a integridade do hormônio.
Durante viagens de curta duração (menos de 6 horas), o transporte de insulina pode ser realizado em temperatura ambiente. Desde que não haja variações de temperatura no meio de transporte que você está viajando, o medicamento não precisa ser mantido refrigerado.
No entanto, as insulinas extras, que não estão sendo usadas, devem ser acondicionadas em bolsas térmicas.
Nas viagens de longos períodos (mais de 6 horas) a insulina deve ser colocada em bolsa térmica com gelo, evitando o contato direto do frasco de insulina com o gelo, para evitar o congelamento.
O frasco de insulina não pode ser congelado em hipótese nenhuma. O ideal é que o medicamento seja mantido em temperaturas baixas, porém sempre acima de 2ºC.
Em caso de viagens de avião, o viajante deve consultar a companhia aérea e avisar previamente as condições necessárias para a refrigeração e armazenamento do medicamento.
De modo geral, durante o transporte de insulina é recomendado não a expor a ambientes muito quentes, com temperaturas acima de 30 graus. Em viagens de carro, por exemplo, evite deixar os frascos de insulina no porta-luvas, ou em bolsas não térmicas no carro.
Tenha sempre em mãos um documento de identificação
Ao fazer as malas, não esqueça de fazer um check-list de todos os documentos que você precisa levar. Um dos principais, é o documento de identificação (cartão, pulseira ou colar).
O documento de identificação é uma forma de avisar para pessoas que você é portador do diabetes e que pode precisar de ajuda em situações de urgência. Nele pode conter orientações de primeiros socorros, além de telefones de emergência, se possível escrito em inglês ou na língua estrangeira do país de destino.
Não esqueça da declaração médica
Outra orientação primordial é sempre ter as prescrições médicas para uso do remédio, principalmente em viagens internacionais.
Para evitar maiores transtornos peça ao seu médico que escreva uma declaração (preferencialmente em inglês), de que você tem diabetes e precisa viajar com medicamentos, descrevendo dosagens e qualquer outra orientação que ele julgar necessária.
Certifique-se também de levar a nota fiscal dos remédios. Como as normas sanitárias variam de país para país, é aconselhável ter esses documentos em mãos e que sejam fáceis para fiscalização das autoridades.
Dessa maneira você poderá viajar tranquilamente e evitar imprevistos.
Gostou dessas orientações? Sabendo como fazer o transporte de insulina da maneira correta, com certeza sua viagem será muito mais relaxante e divertida!
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